Sistema universidade aberta do Brasil nas instituições federais de ensino superior: organizações sociais endógenas?

Autores

  • Deise Mazzarella Goulart Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Sueli Maria Goulart Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Marcello Ferreira Universidade Federal do Pampa

DOI:

https://doi.org/10.34019/2237-9444.2016.v6.31826

Palavras-chave:

Ensino superior. Educação a Distância, Sistema UAB, Estado Gerencial, Teoria da Contingência Estrutural

Resumo

Esse artigo discute a suposta incorporação de características das Organizações Sociais pelas Instituições Federais de Ensino Superior a partir da adesão ao Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). A investigação teve por referência a Teoria da Contingência Estrutural e as características do Estado Gerencial. Como estratégia de pesquisa, foi utilizado o estudo do caso de adesão ao Sistema UAB pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os dados foram coletados em documentos e entrevistas, e processados sob a perspectiva da análise interpretativa. Nesta pesquisa, constatou-se que o MEC adotou o contrato como estratégia para expansão de vagas na modalidade EaD, configurando um ambiente de dependência de recursos para o ensino a distância. Com efeito, a UFRGS foi forçada a adotar a estratégia de captação de recursos, empreendida pela ação de adesão ao Sistema UAB, que resultou na ampliação significativa do seu número de vagas no ensino de graduação e de especializações lato sensu. Essa expansão organizacional foi viabilizada pela intensificação do trabalho dos seus servidores e pelas contratações temporárias de vínculo precário. O contrato fez emergir na UFRGS características das Organizações Sociais, conforme idealizava a proposta gerencial de reforma do aparelho do Estado.

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Publicado

2020-08-29

Como Citar

Goulart, D. M., Silva, S. M. G. ., & Ferreira, M. . (2020). Sistema universidade aberta do Brasil nas instituições federais de ensino superior: organizações sociais endógenas?. Pesquisa E Debate Em Educação, 6(2), 11–30. https://doi.org/10.34019/2237-9444.2016.v6.31826

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