A REPRESENTAÇÃO DA MELANCOLIA EM 'HÚMUS', DE RAUL BRANDÃO, 'MEMÓRIAS DO SUBSOLO' E 'OS IRMÃOS KARAMÁZOV', DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2025.v18.49867Palavras-chave:
Fiódor Dostoiévski, literatura comparada, melancolia, Raul BrandãoResumo
O mundo passou por um violento processo de revoluções a partir dos meados do século XIX, que se intensificaram vertiginosamente no século XX. Esse panorama de disjunção conduziu a humanidade a dois embates bélicos de proporções planetárias: as guerras mundiais de 1914 e 1939. A literatura não se isentou nesse ambiente doloroso de melancolia e pesar entre os indivíduos. Partindo do cenário descrito, este trabalho se propõe a analisar o romance Húmus (1917), do escritor português Raul Brandão, em comparação com as obras Memórias do Subsolo (1864) e Os Irmãos Karamázov (1880), do gênio russo Fiódor Dostoiévski, seguindo o escopo teórico da Literatura Comparada. Assim sendo, investigaremos em que medida a melancolia se constituiu como conexão entre as obras de Brandão e Dostoiévski, sendo que este tem uma clara incidência sobre aquele.
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