Vol. 8 Núm. 1 (2024): Dossier: Energía y Derechos Humanos: los retos de la Transición Energética
Editorial

Governança e litígios climáticos no contexto da proteção e da resiliência ambiental no Rio Grande do Sul

Jonhanny Mariel Leal Fraga
Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
Biografía
Muriel Pinto
Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
Biografía

Publicado 2024-09-17

Palabras clave

  • Governança Climática,
  • Litígios Climáticos,
  • Políticas socioambientais ,
  • Mudanças Climáticas

Cómo citar

Leal Fraga, J. M., & Pinto, M. (2024). Governança e litígios climáticos no contexto da proteção e da resiliência ambiental no Rio Grande do Sul. Homa Publica - Revista Internacional De Derechos Humanos Y Empresas, 8(1), e:119. Recuperado a partir de https://periodicos.ufjf.br/index.php/HOMA/article/view/45110

Resumen

A importância da governança climática e dos litígios climáticos como ferramentas cruciais para mitigar os impactos das mudanças climáticas é evidente diante dos desafios enfrentados pelo estado do Rio Grande do Sul. Entre agosto de 2023 e junho de 2024, eventos climáticos extremos, especialmente em maio de 2024, afetaram severamente aproximadamente a população do estado. Este estudo propõe analisar o litígio climático movido pelo Instituto Preservar, AGAPAN e Núcleo Amigos da Terra-Brasil contra a União Federal e outros, destacando a necessidade urgente de políticas de governança que promovam a adaptação e mitigação climáticas. A pesquisa se estrutura em três partes: primeiro, explora-se a importância, condições e possibilidades da governança climática; em seguida, examina-se a realidade da governança climática no Rio Grande do Sul; por fim, realiza-se um levantamento dos litígios climáticos, focando na ação civil pública climática mencionada. O estudo evidencia a gravidade dos impactos climáticos das atividades contestadas e a urgência de transição para fontes energéticas sustentáveis. Trata-se de uma análise jurídico-normativa, a partir de uma metodologia de revisão bibliográfica, documental, de acordos internacionais e políticas socioambientais. Tendo por objetivo analisar o litígio climático apresentado pelo Instituto Preservar, pela AGAPAN e pelo Núcleo Amigos da Terra vs. União Federal e outros (em face da emergência climática no Rio Grande do Sul). Conclui-se que o estado tem o dever legal de adotar medidas imediatas para cumprir metas de redução de emissões e promover uma transição energética justa, salvaguardando comunidades vulneráveis e cumprindo obrigações ambientais e climáticas assumidas nacionalmente e localmente.

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Citas

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