'MORTE E VIDA SEVERINA' EM QUADRINHOS
UMA LEITURA DAS ADAPTAÇÕES DE MIGUEL FALCÃO (2009) E ODYR BERNARDI (2024)
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2025.v18.49683Palavras-chave:
adaptação, história em quadrinhos, João Cabral de Melo Neto, Literatura Brasileira, Morte e Vida SeverinaResumo
No âmbito da Indústria Cultural e da cultura de massas, os processos que envolvem a adaptação de clássicos literários se configuram como uma importante forma de disseminação e democratização ao acesso da dita Literatura com “L” maiúsculo, conforme aponta Márcia Abreu (2006). Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo central analisar duas adaptações quadrinísticas da obra poética “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto. Percebemos, no decorrer da análise, que a primeira HQ, de Miguel Falcão (2009), constrói um enredo muito próximo da obra de João Cabral, com transcrições do texto escrito e ilustrações em preto e branco, com um forte apelo gráfico voltado sobretudo à construção simbólica da Morte Severina. A segunda, de Odyr Bernardi (2024), é um pouco mais livre do poema no âmbito textual e agrega ilustrações coloridas, que se aproximam da pintura através da técnica de aquarela, trazendo um contexto que ressignifica a tradicional morte Severina: a pandemia do COVID-19. Ambas, a partir das linguagens dos quadrinhos, emancipam a palavra escrita e constroem sentidos mediante a mescla entre texto verbal e visual, promovendo narrativas sensíveis e que partilham entre si aspectos fundamentais da obra adaptada: o caminhar do sertanejo retirante.
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