DA TELA AO LIVRO
A REESCRITA E PUBLICAÇÃO DE FANFICTIONS E O MERCADO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2023.v16.42393Palavras-chave:
Fanfictions, Editoras Independentes, Pull to Publish, ReescritaResumo
Este artigo reflete sobre o processo de publicação de histórias de fãs, os fanfictions, em histórias “originais” por editoras independentes no Brasil. Abordaremos o trabalho de apropriação de personagens por ficwriters na criação de fanfictions na Internet e como, posteriormente, estes novos autores retiram as histórias do ar, reescrevem-na pela segunda vez e as publicam como se fosse uma história inédita em livro físico. Esta ação envolve uma cultura participativa entre fãs, editoras, autores e comunidade de fãs, explicando o sucesso de sagas de best seller como Cinquenta Tons de Cinza, de E. L. James (2011) ou Os Instrumentos Mortais, de Classandra Clare (livros publicados entre 2007 e 2014), antes conhecidos como produção de fãs de Crepúsculo e Harry Potter, respectivamente. O Pull to Publish (P2P) mostra que este tipo de publicação tem como intenção “testar” o público antes de sair para o mercado, uma prática que se estende cada vez mais do meio virtual para o real. No Brasil, editoras independentes começam a aderir a esta prática, lançando livros que antes eram histórias de fãs. As principais referências usadas neste trabalho são Agamben (2015), Lefevere (2007), Reis (2017, 2018), Miranda (2009) e Vargas (2005).
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Referências
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