INTERPRETANDO SONHOS NAS OBRAS DE OVÍDIO À LUZ DA PSICANÁLISE FREUDIANA

João Victor Leite Melo

doi:10.34019/1983-8379.2024.v17.44753

Autores

João Victor Leite Melo UFES https://orcid.org/0000-0002-8683-2179

DOI:

https://doi.org/10.34019/1983-8379.2024.v17.44753

Palavras-chave:

Crítica literária psicanalítica, Freud, Ovídio, sonhos

Resumo

De acordo com Sigmund Freud, quando os escritores fazem sonhar as personagens construídas por sua imaginação, eles geralmente reverberam os mesmos princípios descritos em A interpretação dos sonhos, obra na qual o célebre psicanalista procurou desvendar os mecanismos do trabalho onírico de pessoas reais, atribuindo-lhe sentido. Desse modo, tendo em vista que o próprio Freud chegou a aplicar sua teoria para interpretar o romance Gradiva, de Wilhelm Jensen, publicado no início do século XX, neste artigo, propomos a análise de três sonhos presentes nas obras Metamorfoses, Amores e Heroides, do poeta romano Ovídio (séc. I a.C.), com o objetivo de ilustrar em que medida a teoria freudiana pode contribuir tanto para a introspecção psicológica das personagens ovidianas quanto para a compreensão dos sonhos fictícios como elementos pertencentes a um gênero literário atemporal, fundamentado na imitação verossímil de estruturas psíquicas inconscientes mais ou menos universais.

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Biografia do Autor

João Victor Leite Melo, UFES

João Victor Leite Melo é Graduado em Letras-Português, Mestre em Letras-Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Doutor em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Em dissertação de mestrado, traduziu os poemas Íbis, Nux e Haliêutica, atribuídos ao poeta romano do período augustano, Públio Ovídio Nasão. No doutorado, realizou a tradução integral das Epistulae Heroidum, também de Ovídio, obra tradicionalmente intitulada Heroides, cujos dísticos elegíacos latinos do texto de partida foram vertidos por pares de versos portugueses dodecassílabos e decassílabos, denominados dísticos elegíacos vernáculos 12/10.

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