Vol. 8 Núm. 1 (2024): Dossier: Energía y Derechos Humanos: los retos de la Transición Energética
Editorial

Exploração de Petróleo na Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas e Direitos Humanos: É possível conciliar?

Nathalie Barbosa de la Cadena
Universidade Federal de Juiz de Fora
Biografía
José Antônio Bertotti Júnior
UFPE
Biografía

Publicado 2024-09-17

Palabras clave

  • Petróleo,
  • Rio Amazonas,
  • Transição energética,
  • Pessoa,
  • Scheler

Cómo citar

Barbosa de la Cadena, N., & Bertotti Júnior, J. A. (2024). Exploração de Petróleo na Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas e Direitos Humanos: É possível conciliar?. Homa Publica - Revista Internacional De Derechos Humanos Y Empresas, 8(1), e:118. Recuperado a partir de https://periodicos.ufjf.br/index.php/HOMA/article/view/44718

Resumen

A presente investigação tem por objetivo responder à questão título considerando os argumentos apresentados, de um lado, pelos desenvolvimentistas e, de outro, pelos ambientalistas. Entendemos que os argumentos apresentados refletem um conflito de valores mais profundo que, se abordado por uma metodologia de solução de conflitos adequada, pode contribuir para elucidação da questão. A metodologia proposta é o personalismo ético de Scheler. A hierarquia de valores a ser aplicada na solução de conflitos traz (i) o valor pessoa como o mais elevado, seguido dos (ii) valores espirituais, como a justiça, (iii) os vitais, como o bem estar e o útil, e (iv) os sensíveis. Através das ações de preferir e postergar, é possível encontrar pontos de equilíbrio numa permanente atitude crítica. O objetivo é contribuir para que as ações ocorram com a devida diligência para com os direitos humanos. A hipótese inicial é que, identificando os valores em conflito e aplicando a metodologia descrita, a solução de conflitos neste caso concreto permite pensar numa transição energética que concilie o desenvolvimento e o meio ambiente. Compreendemos que ambos têm como fim proteger o valor pessoa. Portanto, o que está em conflito de fato, sem com isso assumir uma postura ingênua, são os valores espirituais e vitais de cada uma das partes. Neste sentido, defendemos que, diante da inevitável demanda por energia da sociedade contemporânea e do alto custo da transição energética, é preciso conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente a partir de uma programada transição energética financiada pela exploração do petróleo e gás, mas com metas definidas comprometidas com a neutralidade da emissão de GEE em 2050. Para tanto, é necessário regulamentação, monitoramento e fiscalização por parte do Estado e do governo federal com a finalidade de garantir a substituição dos combustíveis fósseis por fontes energéticas limpas.

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Citas

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