Modulações genéricas em Virgílio
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.30899Palabras clave:
mistura de gêneros, poesia, modos, VirgílioResumen
Neste artigo, a partir do conceito de “modo” (FOWLER, 1982, p.107), analisamos trechos de Virgílio em que se dão misturas de gêneros. Em Ecl. 6.31-81, a fala de Sileno faz ver alguns elementos didáticos (ou épicos); em Geórgicas 3.8-39 e 3.322-338, encontram-se traços épicos e bucólicos em meio ao didatismo; por fim, podendo-se considerar a Eneida como uma espécie de súmula de vários gêneros literários (HARRISON, 2007, p. 207 et seq.), nela há inclusive traços bucólicos e didáticos (6.713-892). Intentamos, assim, apresentar exemplos que permitam entender a variabilidade dos recursos genéricos que Virgílio empregou em suas obras. Os dados obtidos apontam para a difusão do processo de “modulação”, ou mistura genérica parcial, ao longo dessas três obras virgilianas.
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