FRANKENSTEIN
A CRIADORA E A CRIATURA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2023.v16.40430Palavras-chave:
Frankenstein, Mary Shelley, sonhos, trauma, FreudResumo
O presente artigo tem como finalidade analisar Frankenstein de Mary Shelley e seu processo de criação à luz dos estudos de Sigmund Freud sobre os sonhos, uma vez que a inspiração para o livro surgiu de um pesadelo e a autora parece ter ressuscitado suas perdas e seus traumas por meio de sua escrita. Para tanto, descreveram-se experiências da vida de Shelley refletidas nessa obra, bem como os sonhos presentes no romance. A análise dos elementos freudianos, assim como os estudos sobre os sonhos, revela que o monstro de Frankenstein pode representar os impulsos sombrios reprimidos por seu criador, o cientista Victor Frankenstein. O estudo também enfoca os papéis maternos e paternos na criação do monstro e destaca a relevância da obra nos tempos atuais, alertando sobre os perigos da ambição humana desmedida. O resultado permitiu concluir que a criação de Shelley poderia ser uma manifestação do seu próprio subconsciente. Logo, o romance não é apenas uma advertência sobre os perigos da ciência, mas também uma exploração psicológica da psique humana e das consequências de reprimir desejos profundos. Por fim, verificou-se que a ação criativa de Shelley levou à internalização de um trauma e à repetição dele em uma forma artística.
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