DO PRESENCISMO DE JOSÉ RÉGIO EM SEU JOGO DA CABRA CEGA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2023.v16.42392Palabras clave:
Estratégias narrativas, Introspecção psicológica, José Régio, Presencismo, ModernismoResumen
Antecipando em alguns meses as comemorações relativas aos 90 anos de publicação do romance Jogo da cabra cega, do autor português José Régio, publicado pela primeira vez em 1934, este artigo analisa como a materialidade discursiva desse romance revela as principais questões do movimento artístico-literário modernista português denominado “Presença”, a saber: a imaginação psicológica, a consciência introspectiva, o confessionalismo, a sinceridade e a simplicidade. Ademais, temas como o escrutínio da convivência humana, as relações entre arte e literatura e as heranças decadentistas presentes no texto são outros vieses abordados nessa análise. A leitura crítica empreendida nesse texto pretende ser sempre colada ao exercício literário do romance, com vistas a reiterar o trabalho estético primoroso do autor presencista, que estabeleceu, a seu modo, as linhas de um novo modernismo na Literatura Portuguesa, instalando-se entre a vanguarda e a tradição, como já afirmara o crítico Fernando Guimarães, e deixando para a posteridade um registro de investigação psicológica com o qual os leitores de todas as épocas poderão se identificar.
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