A importância das discussões sobre gêneros e sexualidades nas escolas

combatendo práticas conservadoras misóginas e LGBTIfóbicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1984-5499.2021.v23.33967

Palavras-chave:

Gêneros, Sexualidades, Escola

Resumo

A intenção deste artigo é justificar a importância de discutirmos as questões de gêneros e sexualidades nas escolas. Portanto, desenvolvemos uma argumentação que evidencia a dificuldade que algumas instituições apresentam para trabalhar com essas temáticas. Tal dificuldade aumentou a partir do Movimento Escola Sem Partido que defende que tais discussões devem ser feitas somente no ambiente familiar. Para argumentar que tal defesa é um equívoco, narramos duas histórias que ocorreram em uma escola, na qual desenvolvemos nossas pesquisas. Usamos o Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg (1989), pois nos ajudou a perceber pistas, indícios e sinais que nos permitiu caminhar na pesquisa. Como considerações finais argumentamos que as instituições escolares devem apostar num projeto de aceitação das diferenças, como forma de democratização e emancipação do seu espaço.

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Biografia do Autor

Renan Côrrea, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Formação de Professores

Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2019). Atualmente é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais na UERJ/FFP. Membro dos grupos de pesquisas/estudos Gêneros, Sexualidades e Diferenças nos Vários EspaçosTempos da História e dos Cotidianos (GESDI) da UERJ/FFP e Os Impactos do Conservadorismo na Educação Brasileira (GEPCB) da UFF.

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Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Dossiê “Relações de gênero e sexualidades nas escolas”