EDUCAÇÃO E COLONIALIDADE

UMA ANÁLISE CRÍTICA DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS NO BRASIL E NO MÉXICO ENTRE HOMOGENEIZAÇÃO E DIVERSIDADE

Resumo

A América Latina, especialmente Brasil e México, enfrenta desafios educacionais significativos devido à sua grande população e extensão territorial. Comparações internacionais entre redes de ensino evidenciam as diferenças entre Educação Comparada e comparação intercultural, destacando a forte influência das diretrizes de países desenvolvidos sobre os considerados em desenvolvimento. Desde o final do século XIX, os estudos comparados têm sido cruciais na compreensão da evolução das práticas educativas. O desafio contemporâneo é articular as singularidades locais com sínteses abrangentes, respeitando as diferenças culturais e sociais. Este trabalho foca no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, que abrange "Educação de Qualidade", especialmente no Ensino Médio. Apesar da ausência de relação com a renda per capita, as classificações educacionais mostram discrepâncias notáveis: países desenvolvidos obtêm resultados superiores em comparação com as nações latino-americanas. A queda nas taxas de escolarização e aprendizagem no Ensino Médio agrava as dificuldades para assegurar uma educação inclusiva. A educação para a formação cidadã, proposta nos Ensinos Médios do Brasil e México, deve promover o pensamento crítico entre os jovens, combatendo a desinformação e aumentando a consciência sobre as relações de poder. A pesquisa adota uma abordagem histórico-comparativa, analisando o impacto das reformas educacionais nas políticas da América Latina, frequentemente inspiradas por diretrizes de países capitalistas avançados. Ao conectar singularidades locais a sínteses globais, o estudo busca fortalecer a educação cidadã e engajamento cívico, promovendo uma sociedade mais justa e equitativa, enquanto discute a influência dos indicadores internacionais da educação, que refletem padrões homogêneos e podem marginalizar as realidades locais.