QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS E PROFESSORES DE QUÍMICA

REFLEXÕES PARA UMA PRÁTICA ANTIRRACISTA

Autores

Resumo

Discutir e refletir sobre os saberes plurais que constituem o professor de Química nos possibilita descortinar limitações em sua prática profissional que podem desencadear situações de racismo velado. O objetivo deste artigo é tecer reflexões sobre a necessidade de um olhar mais atento para a formação do professor de Química que não contribui para uma prática antirracista em sala de aula. Para tal, a partir de um itinerário de discussão com perfil de ensaio, em um primeiro momento são apresentados aspectos que fomentam a reprodução de uma prática racista e opressora. E para um segundo momento são evidenciados possíveis caminhos para a necessária transformação do ensino de Química sobre este tema. O discurso pedagógico dos professores de Química não deve perpassar somente pelas disciplinas, conceitos e saberes escolares. É importante evidenciar a questão racial na sua completude, abarcando a condição socioeconômica dos negros, seu pertencimento étnico, valores de gênero, sua cultura. O processo de consolidação de uma prática antirracista na educação brasileira e no ensino de Química ainda ocorre de maneira incipiente. Porém, cabe ressaltar que mesmo não sendo uma tarefa fácil, é importante a implementação de ações, práticas pedagógicas, pesquisas que evidenciem o protagonismo negro e descolonizem as mentes e os currículos de Ciências/Química, tendo como desdobramento uma prática docente em Química antirracista.

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Biografia do Autor

Camila de Fatima Sant'Ana, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Química Bacharelado e Licenciatura pela Universidade do Grande Rio; Especialização em Ensino de Ciências com ênfase em Biologia e Química pelo IFRJ-Campus Maracanã. Atuou como Técnica em Química, no Instituto Nacional de Tecnologia (INT), trabalhando no LATAB (Laboratório de tabaco e derivados) e pelo projeto Petrobras, analisando petróleo e seus derivados por Cromatografia Gasosa. Atuou também no LATAB no Programa de Capacitação Institucional do MCTI-PCI pelo projeto Desenvolvimento de Metodologia Analítica e validação para quantificação de Nitrosaminas em cigarros por CG-NCD. Possui Mestrado em Ensino de Ciências pelo IFRJ. É Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Saúde (NUTES/UFRJ). Atua como Pesquisadora bolsista do Programa de excelência acadêmica (PROEX) da CAPES, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Saúde (NUTES/UFRJ). Atua no Grupo de Pesquisa e Extensão "Ciênica", que objetiva a enculturação científica e artística, sob orientação do professor Doutor Leonardo Maciel Moreira, e tem como foco o teatro de temática científica articulado ao Teatro do Oprimido (TO).

Ana Lúcia Nunes de Sousa, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto Nutes de Educaçāo em Ciências e Saúde

Professora no Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, com atuação no Laboratório de Vídeo Educativo e no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Saúde. Líder do NEGRECS- Núcleo de Estudos de Gênero e Relações Étnico-raciais na Educação Audiovisual em Ciências e Saúde e do GERAES - Grupo de Pesquisa em Recepção Audiovisual em Educação em Ciências e Saúde. Doutora em Comunicación y Periodismo pela Universitat Autonoma de Barcelona e em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2022-09-06

Como Citar

Sant’Ana, C. de F., & Sousa, A. L. N. de. (2022). QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS E PROFESSORES DE QUÍMICA: REFLEXÕES PARA UMA PRÁTICA ANTIRRACISTA. Educação Em Foco, 27(1), 27046. Recuperado de https://periodicos.ufjf.br/index.php/edufoco/article/view/37660

Edição

Seção

Artigos