TIETÊ
MÁRIO NAVEGA PELA PAULICEIA
Palavras-chave:
Cidade, Mário de Andrade, Modernismo, Rio TietêResumo
Tendo em vista o laço estreito que une o poeta Mário de Andrade e a cidade de São Paulo, este trabalho propõe um passeio pelo rio Tietê, rio que cruza a cidade e a vida de Mário de Andrade, nosso navegante principal. O poeta cria com o Rio, compondo em Pauliceia Desvairada (1922), um hino nascente no poema “Tietê”. O mesmo rio deságua, ao final de sua vida, na Lira Paulistana (1945), especialmente com o poema “A Meditação sobre o Tietê”. Por meio da leitura dos mencionados poemas, tendo em vista o simbolismo das águas, o contexto histórico-social de produção da obra do autor, verificamos o laço poético que corre em momentos cruciais da vida do poeta. Portanto, embarcamos nessa viagem, com início e fim nas águas, para destacar e comprovar a importância da cidade, sobretudo das sinuosas águas paulistanas, enquanto marcadoras de seu percurso poético em sua nascente, a afirmação como modernista e sua despedida.
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