PERCURSO NO TEMPO DE RUY BELO
ENTRE MATURIDADE E NÃO-EXISTÊNCIA
Palavras-chave:
Ruy Belo: poesia, Martin Heidegger: ensaio, literatura portuguesa, existencialismo, literatura e filosofiaResumo
A poesia consegue representar liricamente situações complexas que nos fomentam um pensamento reflexivo sobre nosso motivo de existência em um universo feroz e cruel. Com isso, neste estudo, enxergamos o campo filosófico existencialista de Martin Heidegger (2008) como uma chave interpretativa dentro da poesia do poeta português Ruy Belo que elucida um aspecto existencial presente na poética beliana. O objetivo do trabalho está centrado em estabelecer conexões entre a filosofia heideggeriana e a poesia de Ruy Belo (2017) para, dessa maneira, investigarmos densamente a voz lírica presente no poema “Canto de Outono”. Para isso, os métodos utilizados basearam-se na investigação filosófica hermenêutica-ontológica e na análise bibliográfica. Sobre a leitura crítica, sublinhamos a presença do tempo como fundamento do poema. O ser lírico reflete sobre o caráter efêmero do sujeito e se encontra na condição de existência na vida enquanto passagem, ao mesmo tempo que a natureza, que inicialmente concede energia vital ao indivíduo, toma de volta para si o que fora emprestado. Logo, o tempo confere ao sujeito uma ação devastadora tanto do próprio indivíduo, enquanto sua temporalidade é rasgada pelo movimento temporal, quanto da realidade como um todo, no sentido do curso de renovação das estações e da natureza.
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Referências
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BELO, Ruy. Transporte no Tempo. Lisboa: Assírio & Alvim, 2017.
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