AS FILHAS DE TÍNDARO

APROXIMAÇÕES ENTRE HELENA E CLITEMNESTRA EM AS TROIANAS E ELECTRA DE EURÍPIDES

Autores

  • Camila Weiss de Almeida UFJF

DOI:

https://doi.org/10.34019/1983-8379.2023.v16.41082

Palavras-chave:

Agón, As troianas, Electra, Eurípides, representação feminina, tragédia

Resumo

Este trabalho pretende analisar a caracterização das personagens Helena e Clitemnestra nas tragédias As Troianas e Electra, de Eurípides, investigando possíveis aproximações entre as personagens e as peças, a partir de cenas de agón (debate). Além disso, verifica-se como o comportamento dessas figuras relaciona-se às representações do feminino em Atenas e em obras euripidianas. Para isso, utiliza-se a literatura comparada, considerando as intertextualidades com outros textos antigos e os contextos históricos e culturais das obras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Camila Weiss de Almeida, UFJF

Graduanda em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Brasil.
ORCID: https://orcid.org/0009-0002-8704-5713

Referências

ANDRADE, Marta Mega de. A “cidade das mulheres”: cidadania e alteridade feminina na Atenas Clássica. Rio de Janeiro: LHIA, 2001.

ANDRADE, Marta Mega de. Palavra de Mulher: sobre a “voz das mulheres” e a história grega antiga. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 40, n. 84, p. 119-140, 2020.

ANTÍFANES. Fragmento 191. Comicorum Atticorum fragmenta. v. 2. Theodor Kock. Leipzig, Teubner, 1884.

ARISTÓFANES. Tesmoforiantes. Tradução de Ana Maria César Pompeu. São Paulo: Via Leitura, 2015.

ARISTÓTELES. A poética. Tradução de Ana Maria Valente. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

AZEVEDO, Katia Teonia Costa de; SANTOS, Elena Cristina Prado dos; SILVA, Maria Aparecida de Oliveira (Orgs). O feminino na literatura grega e latina. Teresina: EDUFPI, 2023.

CANTARELLA, Eva. Pandora’s Daughters. Baltimore: Johns Hopkins University, 1987.

CARVALHAL, Tânia. Literatura Comparada. São Paulo: Ática, 1986

COELHO, Maria Cecília de M. N. Imagens de Helena. Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, [S. l.], v. 13, n. 13/14, p. 159-172, 2001.

ESTESÍCORO, ÍBICO, SIMÔNIDES. Greek Lyric, Volume III: Stesichorus, Ibycus, Simonides, and Others. Tradução de David A. Campbell. Loeb Classical Library 476. Cambridge: Harvard University, 1991. Disponível em: STESICHORUS I, Fragments | Loeb Classical Library (loebclassics.com).

EURÍPIDES. Electra. Direção de tradução de Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa. Cotia: Ateliê, 2015.

EURÍPIDES. Electra. Tradução de Roosevelt Rocha. Revista do Laboratório de Dramaturgia – LADI – UnB – v. 11, Ano 4 Textos e Versões, p. 201-256, 2019.

EURÍPIDES. Euripides, v. 1. Arthur S. Way. Londres. Richard Clay and sons,1917

EURÍPIDES. Euripidis Fabulae, vol 2. Gilbert Murray. Oxford: Clarendon, 1913. Disponível em: http://data.perseus.org/texts/urn:cts:greekLit:tlg0006.tlg012.perseus-grc1. Acesso em: 11 abr. 2023.

EURÍPIDES. Ifigênia em Áulis; As Bacantes; As fenícias. Tradução de Mário da Gama Kury. 7. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

EURÍPIDES. Medéia; Hipólito; As Troianas. Tradução de Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.

FOLEY, Helene P. Female acts in Greek tragedy. Princeton: Princeton University, 2001.

FOXHALL, Lin. Studying gender in Classical Antiquity. Cambridge: Cambridge University, 2013.

GRIMAL, Pierre. Dicionário da mitologia grega e latina. Tradução de Vitor Jabouille. 5. ed. São Paulo: Bertrand Brasil, 2005.

GRIMAL, Pierre. O teatro antigo. Tradução de Leonor Santa Bárbara e Ruy Oliveira. Lisboa: 70, 1994.

HIGGINS, Charlotte. Mitos gregos: nas tramas das deusas. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

LÍCOFRON. Alexandra. Tradução, apresentação e notas de Trajano Vieira. São Paulo: 34, 2017.

LLOYD, Michael. The agón in Euripides. New York: Oxford University, 1992.

MENDELSOHN, Daniel. Gender and the city in Euripides’ political plays. Nova York: Oxford University, 2002.

OLIVEIRA, Flávio Ribeiro de. Gesto e abstração: usos do verbo gounoûmai em Homero. Trans/Form/Ação, v. 29, n. 1, p. 63-68, 2006.

PIMENTEL, Samarkandra Pereira dos Santos. Considerações acerca da peça As troianas, de Eurípedes. Alétheia - Estudos sobre Antiguidade e Medievo, v. 2, n. 2, 15 jul. 2019.

PINHEIRO, Joaquim. Revisitar o mito: o retrato de Clitemnestra na literatura grega. Ribeirão: Humus, 2015.

POMEROY, Sarah. Goddesses, Whores, Wives, and Slaves: Women in Classical Antiquity. New York: Schocken, 1975.

RAGUSA, Giuliana (Org.) Lira grega: antologia de poesia arcaica. São Paulo: Hedra, 2013.

RIBEIRO JR., Wilson A. Antífanes / Fragmento 191. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. Disponível em: greciantiga.org/arquivo.asp?num=0826. Acesso em: 12 abr. 2023.

ROSENFIELD, Kathrin H. Representações da inteligência feminina na Grécia clássica: Clitemnestra, Jocasta e Antígona. Linguagem & ensino. Pelotas, v. 17, n. 1, p. 187-214, jan./abr. 2014.

SOARES, Larissa de Oliveira. Ethos de Helena no teatro trágico de Eurípides (sec. V a.C.): uma análise de As troianas (415 a.C), Helena (412 a.C) e Orestes (408 a.C). Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

SOUSA, Eudoro de. A tragédia grega: origens. Brasília: Universidade de Brasília, 2022.

SOUZA, Lilia. A importância de Clitemnestra, Cassandra e Helena na realização do trágico em Agamemnon de Ésquilo. Revista Vernáculo, v. 5, p. 71-79, 2002.

Downloads

Publicado

2023-09-14

Como Citar

ALMEIDA, C. W. de. AS FILHAS DE TÍNDARO: APROXIMAÇÕES ENTRE HELENA E CLITEMNESTRA EM AS TROIANAS E ELECTRA DE EURÍPIDES. DARANDINA REVISTELETRÔNICA, Juiz de Fora, v. 16, n. 1, p. 3–24, 2023. DOI: 10.34019/1983-8379.2023.v16.41082. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/darandina/article/view/41082. Acesso em: 9 maio. 2024.