NINGUÉM NASCE PANDORA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2023.v16.40995Palavras-chave:
Pandora, Hesíodo, Teogonia, Os trabalhos e os dias, HelenaResumo
A tradição literária que segrega a mulher remete-nos ao século VII a.C. quando o aedo Hesíodo apresentou a primeira mulher, Pandora, como um belo mal, kalós kakós, uma agente da emissão dos males que afligem a humanidade, narrativa presente em dois poemas, Teogonia e Os trabalhos e os dias. O presente artigo busca recuperar dois estágios decisivos para o construto do mito da femme fatale, entre as representações de Pandora nos poemas de Hesíodo em contraste com a de Helena em As Troianas (c. 415 a.C.) de Eurípides. Os resultados da pesquisa indicam essa aproximação e o artigo defende que há traços arquetípicos comuns entre os dois mitos.
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