UM CORPO DESENRAIZADO:
A MULHER NEGRA GUIANENSE NA REPÚPLICA FRANCESA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1983-8379.2022.v15.39309Resumo
A República francesa é constituída sob o tríptico liberdade, igualdade e fraternidade, ou
seja, elementos constituintes das sociedades modernas e, por isso, imagina-se que são garantidos a todas/os as/os cidadãs/ãos francesas/es. No entanto, segundo Vergès (2020), somente as/os francesas/es brancas/os, cis e heterossexuais situadas/os na França europeia possuem seus direitos resguardados em sua totalidade pela República. Francesas/es do Sul global, geralmente, ainda são submetidas/os a pensamentos e atitudes que insistem em colonizar/subalternizar os seus corpos. Assim, partindo de um poema da autora guianense Françoise James Ousénie Loe-Mie, este trabalho tem como objetivo discutir sobre a imposição dos corpos negros femininos aos espaços de outridade na República francesa que
insistem em subalternizar mulheres negras de origem guianense. Este trabalho, insere-se, portanto, na esteira dos pensamentos de “o Outro” e outridade propostos por hooks (2019), Morrison (2019) e Kilomba (2019). Considera-se também as contribuições de Castro-Goméz (2000) e Dussel (2000) para entender a criação do “Outro” a partir da instituição do capitalismo moderno/colonial. Dessa maneira, através deste trabalho, pretende-se realizar uma leitura decolonial do poema “A balada do desenraizado” presente na obra Poesia pimenta, cravo e canela (2004).
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