Caixa Matemática Problematizadora em encontros formativos e dialógicos com professoras-formadoras-pesquisadoras: o que refletem as narrativas e os diários experienciais
DOI:
https://doi.org/10.34019/2594-4673.2023.v7.41090Palabras clave:
Caixa Matemática Problematizadora; Pesquisa-formação; Diálogo; Ensino-aprendizagem; Práticas formativas.Resumen
Este artigo tem como objetivo analisar as contribuições dos momentos dialógicos nas tessituras da Caixa Matemática Problematizadora, para os processos de ensino-aprendizagem da matemática nos encontros formativos e dialógicos com professoras-formadoras-pesquisadoras. Para a produção dos dados no contexto da pesquisa-formação foram utilizados as narrativas orais e os diários experienciais registrados e compartilhados pelas partícipes da oficina pedagógica “Caixa Matemática Problematizadora nos processos de ensino-aprendizagem: brinque, jogue, crie e problematize as ações pedagógicas!”, realizada no âmbito do projeto de extensão e pesquisa “O desenvolvimento profissional do professor que ensina matemática nos anos iniciais: narrativas de formação e grupo de estudos” e do curso de Especialização em Ensino de Ciências e Matemática nos Anos Iniciais, no segundo semestre de 2021. A Caixa Matemática Problematizadora como recurso didático-pedagógico-brincante, (re)inventado criativamente pelas autoras deste texto, com a proposição da vivência de quatro momentos dialógicos - Estabelecimento de contato; Escolha e compartilhamento de significados do recurso didático-pedagógico-brincante; Vivência dinamizadora; Registros dialógico-problematizadores -, proporciona ensinar-aprender matemática brincando, jogando, dinamizando, criando e problematizando. O grupo participante da oficina pedagógica demonstrou encantamento e muita alegria ao experienciar os momentos dialógicos criados para dinamizar a Caixa Matemática Problematizadora nos encontros formativos e dialógicos e nos processos de ensino-aprendizagem da matemática na educação básica e superior. Com efeito, nas narrativas e nos diários experienciais produzidos, as estudantes e as professoras apontam as contribuições desse recurso didático-pedagógico-brincante para a formação e a prática docente: problematizar as ações pedagógicas; repensar o ensino de matemática e refletir sobre a prática pedagógica; ensinar-aprender com prazer e entusiasmo os conteúdos matemáticos, dentre outras. Destarte, práticas formativas que privilegiam a aproximação com a matemática permitem sua (re)invenção criativa diária a partir do entendimento de que ela é construção humana e requer práticas inclusivas, nas quais todos podem aprender nas interações dialógicas com o outro.
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