Participação Discente e Situações Matemáticas na Perspectiva dos Cenários para Investigação: um estudo no sexto ano do Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.34019/2594-4673.2022.v6.36273Palabras clave:
Cenários para Investigação, Participação, Diálogo, Educação MatemáticaResumen
O presente artigo discute as potencialidades das situações de ensino de Matemática na perspectiva de cenários de investigação para a participação dos alunos. Questiona-se: Como as situações de ensino de Matemática envolvendo os cenários de investigação potencializam a participação dos alunos? Propõe-se como objetivo: analisar as potencialidades de situações de ensino de Matemática envolvendo os cenários para investigação com uma turma de 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede municipal de ensino de Jaguarão/RS, para a participação dos alunos. Para tanto, elaborou-se cinco encontros com um sexto ano do Ensino Fundamental, com 21 alunos, com idade entre 11 e 16 anos. O registro das ações foi realizado por meio de diário de campo, fotos e da transcrição de filmagens. A análise foi baseada na leitura da transcrição dos encontros com os alunos. Como teorização da pesquisa, utilizaram-se os princípios de cenários para investigação e os conceitos de participação e de diálogo, respaldando-se em Arlø e Skovsmose e Freire. As análises apontam os cenários para investigação como um caminho teórico-metodológico para proposição nas aulas de Matemática, levando os alunos a vivenciarem, a se envolverem, a resolverem problemas, na perspectiva da colaboração investigativa, da participação e do diálogo. Nesse sentido, a participação, pelo prisma do diálogo, permite pontuar que a cooperação se apresenta como uma possibilidade de interação entre professor e aluno e entre alunos, como modo de comunicação.
Descargas
Métricas
Citas
ALRØ, H.; SKOVSMOSE, O. Diálogo e Aprendizagem em Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF, 2017.
DAMIANI, M. Floriana. Sobre pesquisas do tipo intervenção. In: XVI Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino (ENDIPE), 16, 2012. Anais do XVI Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino. Campinas, 2012. Livro 3.
DIAS, C. C.; SAMPAIO, J. C. V. Desafio geométrico: módulo I. Cuibá, MT: Central de Texto, 2013.
FALKEMBACH, E. M. F. Diário de campo: um instrumento de reflexão. Contexto e educação. Ijuí, RS. Vol. 2, n. 7 (jul./set.), 1987, p. 19-24.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao
pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.
GOMES, R. A análise dos dados em pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa social. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge/Nova York: Cambridge University Press, 1991.
LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria?, Educação em Revista, ano 3, n. 4, p.13, 1995.
SADOVSKY, P. O ensino de matemática hoje: Enfoques, sentidos e desafios. São Paulo: Ática, 2010.
SKOVSMOSE, O. Cenários para Investigação. Bolema. Ano 13, n. 14, 2000, p. 66-91.
______. Educação Matemática crítica: A questão da democracia. Campinas: Papirus, 2001. – (Coleção Perspectivas em Educação Matemática)
______. Educação crítica: Incerteza, matemática e responsabilidade. Tradução de Maria Aparecida Viggiani Bicudo. São Paulo: Cortez, 2007.
______. Interpretações de Significado em Educação Matemática. Bolema, Rio Claro (SP), v. 32, n. 62, p. 764-780, dez. 2018.