Cultura e educação

contribuições de Bakhtin, Freire e Bourdieu

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.34019/1984-5499.2022.v24.31620

Palabras clave:

Educação, Cultura, Cultura Popular, Capital Cultural

Resumen

O artigo aborda o diálogo entre as ideias de Mikhail Bakhtin sobre cultura popular com as teorias de Paulo Freire e Pierre Bourdieu sobre cultura e educação, buscando convergências para efetivação da educação inclusiva e transformadora. Mesmo com propósitos e interesses diferentes sobre a pesquisa neste tema, a aproximação de suas teorias pode contribuir para a discussão de perspectivas sobre o papel da cultura na formação de uma sociedade e, consequentemente, do seu processo educacional. Também é utilizada a pesquisa bibliográfica para apresentar os conceitos presentes nas propostas teóricas dos autores e embasar a análise de possíveis pontos em comum. Como resultados, observou-se que uma sociedade que se fecha para o conhecimento do seu povo pode ser caracterizada por um conservadorismo interessado em preservar status e privilégio, além de agir da mesma forma no momento do desenvolvimento de estratégias de ensino. Por meio da educação que destaque a importância da cultura popular para se descrever a realidade de um povo e como esta deve ser considerada parte da Cultura oficial da sociedade, contribui-se para o desenvolvimento de indivíduos mais críticos e conscientes. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Jovanka Mariana de Genova Ferreira, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Mestre em Educação pelo programa de pós Graduação: Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Formada em Filosofia (Licenciatura) pela Universidade Mackenzie e em Administração de Empresas pela Faculdade Campos Salles, possui especializações em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas/GESTCORP pela ECA/USP, em Gestão de Projetos Culturais pelo CELACC-ECA/USP e em Gestão Empresarial pela ESEG. Tem certificação na turma 2010 do Curso Internacional em Comunicação Empresarial do convênio Aberje e Syracuse University. Participa do GEICS - Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Currículo e Sociedade, vinculado ao Programa de Pós Graduação em Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Mackenzie.

Gisele Pereira de Souza, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

Graduada em Biblioteconomia pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP (2006) e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação pela ECA/USP (2011), possui experiência na área de gestão da informação e de documentos físicos e eletrônicos com ênfase no resgate e sistematização da memória institucional. Atua como consultora em implantação de centros de documentação e memória e bibliotecas especializadas. Realiza orientação e normalização de trabalhos acadêmicos, no âmbito do campo da Comunicação Organizacional, Relações Públicas e áreas correlatas. Desde 2009 é coordenadora do Centro de Memória e Referência da Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial sendo responsável pela gestão da memória institucional, atendimento a pesquisadores internos e externos, difusão do conhecimento em comunicação empresarial e disseminação da informação. Também oriento alunos do MBA Aberje/ESEG em Gestão da Comunicação Empresarial para a construção do TCC e adequação às normas ABNT para trabalhos acadêmicos.

Citas

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. 7. ed. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2010.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação popular na escola cidadã. São Paulo: Editora Vozes, 2002.

BORGES, Valdir. Resenha Pedagogia dos oprimidos. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 31, p. 211-213, set. 2008. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/31/res03_31.pdf . Acesso em: 01 out. 2016.

BURAWOY, Michael. O marxismo encontra Bourdieu. Campinas: Editora Unicamp. 2011.

BURKE, Peter. Cultura popular na idade moderna. Europa, 1500 - 1800. São Paulo: Editora Schwarcz, 2021.

CUNHA, Maria Amália de Almeida. O conceito “capital cultural” em Pierre Bourdieu e a herança etnográfica. Perspectiva, Florianópolis, v. 25, n. 2, p. 503-524, jul./dez. 2007. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/download/1820/1584. Acesso em: 18 set. 2016.

DUARTE, André Luis Bertelli. Cultura popular na idade média e no renascimento. Fênix - Revista De História e Estudos Culturais, v. 5, n. 2, p. 1-7, 2008. Disponível em: https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/59/53. Acesso em: 15 abr. 2022.

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Editora Contexto, 2016.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 36. ed. rev. e atual. São Paulo: Paz e Terra, 2014a.

FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. Organização de Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: Paz e Terra, 2014b.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 52. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 60. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.

GINZBURG, Carlo. Prefácio à edição italiana. In: GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. 5. ed. São Paulo: Companhias das Letras, 1987. p. 15-34.

LEITE, Francisco Benedito. Cultura popular na idade média e no renascimento no contexto de François Rabelais como obra de maturidade de Mikhail M. Bakthtin. Revista Magistro, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 3-14, 2011. Disponível em: http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/magistro/article/view/1421. Acesso em: 25 jul. 2018.

LIRA, Alessandra Mendes. Paulo Freire e Erich Fromm: convergências e divergências. Tese (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000951567&fd=y. Acesso em: 18 set. 2016.

MACIEL, Karen de Fátima. O pensamento de Paulo Freire na trajetória da educação popular. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 2, n. 2, p. 326-344, jul./dez. 2011. Disponível em: http://www.seer.ufv.br/seer/educacaoemperspectiva/index.php/ppgeufv/article/viewFile/196/70. Acesso em: 19 jul. 2018.

NOGUEIRA, Maria Alice Nogueira; CATANI, Afrânio. (Orgs.). Pierre Bourdieu: escritos em educação. Petrópolis: Vozes, 2015.

SILVA, Gilda Olinto do Valle. Capital cultural, classe e gênero em Bourdieu. INFORMARE, v. 1, n. 2, p. 24-36, jul./dez. 1995. Disponível em: http://ridi.ibict.br/bitstream/123456789/215/1/OlintoSilvaINFORMAREv1n2.pdf. Acesso em: 18 set. 2016.

YACINE, Tassadit. Argélia: matriz de uma obra. In: ENCREVÉ, Pierre; LAGRAVE, Rose-Marie. Trabalhar com Pierre Bourdieu. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

Descargas

Publicado

2022-06-29

Número

Vol. 24 Núm. 1 (2022): Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação

Sección

Artigos