Personificação feminina das nomeações nas escolas municipais de Caruaru-PE
DOI:
https://doi.org/10.34019/1984-5499.2022.v24.38522Keywords:
Identidade docente, Mulheres, MemóriaAbstract
Esta pesquisa objetivou investigar a memória social e educacional das mulheres que nomeiam as escolas da rede municipal de Caruaru, compreendendo os processos e as relações de poder presentes nas escolhas dos nomes dessas escolas. Com abordagem qualitativa, de caráter exploratório, usou fontes documentais para a coleta de dados e a técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin. Além de embasamentos teóricos em autores como Bosi (2010), Bergson (1999) e Halbwachs (1990) tratando sobre o fenômeno da memória individual e social; Freire (2011), Almeida (2007), Mato e Borelli (2013) e Figueirôa (2018) discorrendo sobre a educação das mulheres e Louro (2008), Rago (1997) e Auad (2006) discutindo a construção da figura menina na sociedade. Os resultados evidenciaram que os processos de nomeação ocorreram, de maneira geral, por essas mulheres prestarem um serviço à comunidade local, como a doação de terrenos para a construção das escolas e se destacarem por sua relevância no exercício da docência.
Downloads
References
ALMEIDA, Jane Soares de. Ler as letras: por que educar meninas e mulheres? São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo: Campinas: Autores Associados, 2007.
ALMEIDA, Jane Soares de. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998.
AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola. São Paulo: Contexto, 2006.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
BARTLETT, Frederick Charles. Remembering: a Study in Experimental Social Psychology. Cambridge: Cambridge University Press. 1932.
BERLATTO, Odir. A construção da identidade social. Revista do Curso de Direito da FSG. Caxias do Sul, FSG, v. 3, n. 5, p.141-151, jan./jun. 2009.
BERGSON, Henri. Matéria e memória. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
BLOCH, March. Apologie pour f histoire ou métier d historien. Paris: Colin, 1941.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembrança de velhos. 16. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base. Brasília: MEC, 2018. p. 7-8. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc. Acesso em: 15 mar. 2020.
CHARLOT, Bernard. Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões para educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2005.
DOLLFUS, Olivier. O espaço geográfico. Rio de Janeiro: Bertrand. 1991.
FIGUEIRÔA, Ana Paula Rodrigues. O Instituto de Educação de Pernambuco na sua primeira década (1946-1955): em cena as práticas de atividades físicas na memória das normalistas. Recife: UFPE, 2018.
FREIRE, Eleta de Carvalho. Mulher no magistério: uma história de embates entre espaço público e espaço privado. Revista Lugares de Educação, Paraíba, UFPB, v. 1, n. 2, p. 239-256. jul./dez. 2011.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
HALBWACHS, Maurice. A Memória coletiva. São Paulo: Vértice/Revista dos Tribunais, 1990.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
LEITE, Cristina Larroudé de Paula. Mulheres: muito além do teto de vidro. São Paulo: Atlas, 1994.
LIRA, Fabrício Lúcio Cansanção; MESQUITA, Ilka Miglio; SILVA, Ranúsia Pereira. Formação de professor no Brasil: uma abordagem histórica. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E FÓRUM PERMANENTE DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL, 8, 2015. Anais [...]. 2015. online. Disponível em: https://tiradenteslegada.emnuvens.com.br/enfope/article/view/1626. Acesso em: 08 jul. 2022.
LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na sala de aula. In: DEL PRIORE, Mary; BASSANEZI, Carla. (Orgs.). História das mulheres no Brasil. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 443-481.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MATOS, Maria Izilda; BORELLI, Andrea. Espaço feminino no mercado produtivo. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria. (Orgs.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2013. p. 126-147.
MEYER et al. Vulnerabilidade, gênero e políticas sociais: a feminização da inclusão social. Estudos Feministas, Florianópolis, UFRGS, v. 22, n.3, p. 885-904, set./dez. 2014.
PASCHOARELLI, Luis Carlos; MEDOLA, Fausto Orsi; BONFIM, Gabriel Henrique Cruz. Características Qualitativas, Quantitativas e Quali-quantitativas de Abordagens Científicas: estudos de caso na subárea do Design Ergonômico. Revista De Design, Tecnologia E Sociedade, São Paulo, UNESP, v. 2, n. 1, p. 65-75, out. 2015.
RAGO, Margareth. Trabalho feminino e sexualidade. In: PRIORE, Mary Del. História das mulheres no Brasil. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1997.
SANTOS, Fernanda Marsaro dos Santos. Análise de conteúdo: a visão de Laurence Bardin. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 6, n. 1, p. 383-387, maio 2012.
SILVA, Michele Pereira. A participação da comunidade escolar na gestão democrática: Os mecanismos de participação. 2014. 64f. Monografia (Especialização em Gestão Escolar) - Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Universidade de Brasília, Distrito Federal, 2014.
SOUZA, Gabriela; MOURÃO, Ludmila. Mulheres no Tatame: o judô feminino no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2011.
STERN, William. Psicología General desde el punto de vista personalístico. Buenos Aires: Paidos, 1957.