O intertexto desconhecido
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-0836.2022.v26.34952Resumo
Em nome dos meus colegas do Departamento de Francês e Filologia Românica, dou boas-vindas aos participantes deste simpósio. Gostaria também de expressar nossos agradecimentos ao amigo Karl Uitti; é por sua iniciativa que nos encontramos aqui reunidos e que Princeton e Columbia acolhem juntas os membros deste colóquio. Somos-lhe especialmente gratos por ter ambicionado relembrar, optando por nosso campus em vez do seu, a influência que Columbia exerceu no desenvolvimento dos estudos medievais nos Estados Unidos. Poucos homens contribuíram tanto para tal feito quanto Lawton P. G. Peckham, que acabamos de perder, e a cuja memória este colóquio é dedicado. Sua própria carreira simboliza a colaboração de nossas duas universidades, visto ter feito seu doutorado em Princeton antes de vir lecionar literatura medieval em Columbia, tendo atuado como “chairman” e diretor da Faculdade de Artes e de Ciências. Nós, que nos beneficiamos de sua erudição e ensino, permaneceremos fiéis a seu exemplo e à lembrança de sua amizade.
Gostaria ainda de salientar o que a evolução da revista que publicamos possui de significativo: há muito considerada a equivalente americana de Romania, nossa Romanic Review se concentra agora na teoria da literatura e na aplicação da semiótica à análise textual, sem, no entanto, abandonar a Idade Média. Nada de surpreendente nisso: os medievalistas estiveram entre os primeiros a renovar seus métodos à luz da poética moderna. O tema do colóquio de hoje reflete essa renovação, e vou usá-la como desculpa para acrescentar algumas palavras sobre um problema que a voga atual da intertextualidade levanta.