Colelitíase assintomática: quando operar?

Autores

  • Sergio Ibañez Nunes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Carolina de Mendonça Brandão Pinto Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Eduardo Cardozo Lima UniversidadeUniversidade Federal de Juiz de Fora
  • Carolaine Bitencourt Ferreira Fernandes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Geysler Aurélio Pereira Universidade federal de Juiz de Fora
  • José Antônio Chehuen Neto Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

Colelitíase/cirurgia, Tratamento,

Resumo

A colelitíase pode apresentar-se de três formas: assintomática, sintomática e complicada. A conduta nos pacientes assintomáticos é frequentemente controversa. Com o objetivo identificar as condutas de gastroenterologistas e cirurgiões frente ao diagnóstico de colelitíase assintomática e estabelecer um consenso, foi enviado um questionário com 21 quesitos a 23 gastroenterologistas, 108 cirurgiões gerais e 101 cirurgiões do aparelho digestivo. Os participantes do estudo concordaram quanto à indicação de colecistectomia nos seguintes quesitos: diagnóstico ultra-sonográfico de colelitíase; cálculos abaixo de 0,5cm, assim como acima de 2cm; vesícula em porcelana; pacientes abaixo de 20 anos; portadores de anemia falciforme e diabetes e concomitante à laparotomia por causa não biliar, utilizando a mesma incisão. Apenas cirurgiões gerais e do aparelho digestivo indicam colecistectomia: nos pacientes assintomáticos acima de 60 anos; na presença de obesidade mórbida, de dois ou mais fatores de risco para calculose; na cirurgia abdominal com necessidade de ampliar a incisão; nos pacientes com sintomas dispépticos e endoscopia normal, refratários ao tratamento clínico ou com sintomas atípicos; na mulher com perspectiva de futura gravidez e conforme o desejo do paciente. Em pacientes assintomáticos acima de 70 anos, apenas os cirurgiões do aparelho digestivo indicam colecistectomia. Os profissionais concordam com a não-indicação de colecistectomia nos candidatos a transplante hepático. Verificamos, portanto, que há concordância na conduta em 11 dos 21 quesitos pesquisados (52,3%), havendo divergência nos itens restantes (47,7%). Deste modo, em concordância com a literatura, ainda não ser possível estabelecer um protocolo de condutas frente à colelitíase assintomática que satisfaça a clínicos e cirurgiões.

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Publicado

2008-02-01

Como Citar

1.
Nunes SI, Pinto C de MB, Lima EC, Ferreira Fernandes CB, Pereira GA, Neto JAC. Colelitíase assintomática: quando operar?. HU Rev [Internet]. 1º de fevereiro de 2008 [citado 29º de março de 2024];33(3):71-5. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/69

Edição

Seção

Artigos Originais

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