Prevalência de enterobactérias produtoras de Klebsiella pneumoniae carbapenemase em culturas de vigilância epidemiológica em unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino de Minas Gerais

Autores

  • Patricia Guedes Garcia Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora
  • Isabela Aparecida Ribeiro da Silva Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora
  • Laura Alcantara Damianse Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora
  • Leonardo Romaniello Gama de Oliveira Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora
  • Rafael Andrade Schettino de Azevedo Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.2744

Palavras-chave:

Enterobacteriaceae. Unidade de Terapia Intensiva. Vigilância Epidemiológica

Resumo

O crescente aumento de bactérias multirresistentes no ambiente hospitalar e a falta de opções terapêuticas a curto e médio prazo tem se tornado um grande desafio para o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. As infecções por enterobactérias produtoras de Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), vem se destacando como a de maior risco para os pacientes debilitados que internam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O objetivo do trabalho foi identificar a prevalência de KPC em culturas de vigilância epidemiológica de amostras de swab retal de pacientes internados nas UTI´s adulto, neonatal e pediátrica de um Hospital de Ensino de Minas Gerais, no período de janeiro a julho de 2014. Realizou-se um estudo transversal descritivo retrospectivo onde os dados foram analisados a partir dos registros dos livros do laboratório de microbiologia do hospital. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa número do parecer 948.342. Foram analisadas 422 amostras de swab retal, sendo que 367 (86,9%) eram provenientes das UTIs adulto e 55 (13%) da UTI neonatal e pediátrica. Foram positivas para KPC 31 (7,3%) das quais 21 eram da UTI adulto e 10 da UTI neonatal e pediátrica. Das 31 culturas positivas para KPC uma (3%) foi em Escherichia coli, quatro (13%) em Enterobacter sp e 26 (84%) em Klebsiella pneumoniae. A detecção laboratorial de enterobactérias produtoras de KPC exprime a importância das culturas de vigilância epidemiológica na rotina como medida de prevenção e controle da disseminação desses microrganismos multirresistentes, principalmente nas UTIs.

 

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Biografia do Autor

Patricia Guedes Garcia, Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora

Farmacêutica - Bioquímica

Mestre em Saúde - UFJF

Profa. SUPREMA

Isabela Aparecida Ribeiro da Silva, Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora

Graduada em Farmácia e Especialista em análises clínicas pela Suprema

Laura Alcantara Damianse, Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora

Graduanda em medicina pela Suprema

Leonardo Romaniello Gama de Oliveira, Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora

Graduando em medicina pela Suprema

Rafael Andrade Schettino de Azevedo, Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora

Graduando em medicina pela Suprema

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Publicado

2018-10-15

Como Citar

1.
Garcia PG, Ribeiro da Silva IA, Damianse LA, Gama de Oliveira LR, Schettino de Azevedo RA. Prevalência de enterobactérias produtoras de Klebsiella pneumoniae carbapenemase em culturas de vigilância epidemiológica em unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino de Minas Gerais. HU Rev [Internet]. 15º de outubro de 2018 [citado 26º de abril de 2024];43(3):199-203. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2744

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