Validação do número de lâminas para realização do método de sedimentação espontânea das fezes
Palavras-chave:
Doenças Parasitárias. Diagnóstico. Saúde Pública.Resumo
Este estudo avaliou o número satisfatório de lâminas a serem examinadas pela técnica de sedimentação espontânea das fezes ou de Hoffmann, Pons e Janer (HPJ), com o intuito de contribuir para a eficiência no diagnóstico de exames coproparasitológicos no diagnóstico de parasitoses, objetivando menor custo e maior benefício. A partir de um estudo da prevalência de enteroparasitoses, cujo cálculo amostral aleatório teve como base toda a população residente no município de Piau – Minas Gerais, foram investigadas 925 amostras. O número máximo de lâminas examinadas para cada amostra de fezes foi de cinco, considerado como padrão-ouro. Cada lâmina foi avaliada por cinco examinadores diferentes. Na análise de apenas uma lâmina, a frequência de positividade para enteroparasitos foi inferior a 60% e aumentou para 79,7% na análise de uma segunda lâmina. Na observação da terceira e quarta lâminas, a positividade das amostras foi 87,5% e 95,3%, respectivamente. Verificou-se que a sensibilidade e especificidade aumentaram com o número de lâminas examinadas e que na observação de três lâminas por amostra, a sensibilidade foi de 87,5% e a especificidade de 99,1%. Entre os enteroparasitos, os ancilostomídeos e Giardia lamblia foram os mais prevalentes, representando 13,7% de positividade para ambos. A análise de apenas uma lâmina por amostra elevou o risco de resultado falso negativo. Os resultados encontrados sugerem a realização de três lâminas por amostra pela técnica do HPJ na tentativa de aumentar a acurácia do método diagnóstico com custos sustentáveis para a gestão junto ao Sistema Único de Saúde.
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