Doença Perinatal associada aos estreptococos do Grupo B: aspectos clínico-microbiológicos e prevenção.
Palavras-chave:
Streptococcus agalactiae, Estreptococo do Grupo B, Sepse Neonatal, Doença Estreptocócica PerinatalResumo
Os cocos Gram positivo Streptococcus agalactiae ou estreptococos do Grupo B de Lancefield (EGB) são bactérias que fazem parte da microbiota residente das membranas mucosas de seres humanos, colonizando principalmente os tratos gastrintestinal e geniturinário. Sua importância é relacionada à contaminação vertical dos neonatos de parturientes colonizadas, que pode acontecer de forma ascendente ainda no útero ou durante o parto. Mundialmente, a prevalência da colonização pelos EGB nas gestantes, varia de 3% a 41%. Entre as infecções neonatais associadas a estes microrganismos destacam-se, principalmente, a septicemia e a pneumonia e, em menor incidência, meningite, celulite, osteomielite e artrite séptica. Em 1996, foi publicado o primeiro guia preventivo da doença estreptocócica perinatal estabelecendo as diretrizes e critérios para a prevenção da transmissão vertical destes agentes. Em 2002, foi estabelecido o uso da profilaxia antimicrobiana intraparto e a investigação rotineira da colonização pelo S. agalactiae no final da gestação, através de cultura de material vaginal e retal em meio seletivo. Nos países que adotaram estas medidas profiláticas, registrou-se um decréscimo significativo na incidência da doença. No Brasil, a mortalidade neonatal é grave problema de saúde pública e ainda não foram adotadas estratégias de prevenção e tratamento para reduzir a prevalência de infecção neonatal pelo EGB. Considerando o custo elevado e as graves conseqüências da doença estreptocócica perinatal, percebe-se a necessidade de elaboração de políticas de saúde visando reduzir a transmissão vertical.Downloads
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