O LOCKDOWN NA ITÁLIA
O FECHAMENTO DE ESCOLAS E A RESPOSTA DO MOVIMENTO DE PROFESSORES E PAIS DE ALUNOS
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2021.v26.36757Resumen
Este ensaio procurou evidenciar o quadro de enfrentamento pelo qual passou a escola pública italiana frente ao avanço da COVID-19 nos países europeus. A Itália caracterizou-se como um dos países mais afetados pela COVID-19 e as escolas foram fechadas com pouca orientação do Ministério da Educação, cabendo, inicialmente, aos professores tomar iniciativa para o cumprimento do programa escolar. Posteriormente, houve a intervenção governamental que propôs a Didatica a Distanza (DAD) como forma de Ensino à Distância (EAD), contudo, revelou-se como um método classista e com acesso limitado para as crianças com deficiência. Houve, como reação da sociedade, o surgimento do movimento “Prioridade à Escola” que defendia a escola presencial enquanto o movimento sindical enfatizava o problema da segurança das escolas. Em março de 2021 a escola já se mostrava em nova fase de fechamento, quando assumiu o novo governo de Mario Draghi que, apesar de receber verbas do Fundo de Recuperação europeu, não conseguiu evidenciar progresso no quadro anterior. A COVID-19 destacou na Itália os problemas da escola pública massacrada por 20 anos de reformas neoliberais e corporativas que renderam cortes indiscriminados no seu orçamento. Conclui-se que dificilmente as questões estruturais da escola serão tratadas de maneira diferenciada pelo governo Draghi.
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