CUORE PARA A ESCOLA ELEMENTAR DOS DOIS LADOS DO ATLÂNTICO (ENTRE FINS DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX)
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2024.v29.46106Resumo
Entre as décadas finais do século XIX e as primeiras décadas do século XX houve distribuição e circulação de livros italianos entre os imigrantes e seus descendentes. Silabários, livros de leitura, de religião, de aritmética, de história, de geografia, de cantos, entre outros que seguiam o programa curricular vigente na Itália, atravessaram o Atlântico para serem adotados nas escolas italianas em São Paulo. O objeto de investigação deste artigo, o centenário e ainda publicado Cuore, de Edmondo De Amicis, cuja primeira edição data de 1886, na Itália, para assim tornar-se um grande sucesso editorial ganhou traduções e foi adotado nas escolas paulistas. A intenção neste artigo é compreender, de um lado, as políticas educacionais que regraram a produção de livros escolares para as escolas italianas no exterior, e de outro lado, as motivações que levaram à circulação e a distribuição para escolas italianas e paulistas, entre fins do século XIX e início do século XX. Ancorado nos referenciais da História Cultural e História da Educação e mobilizando o corpus conceitual em especial de Chartier (1994,1996,1998, 2004) acerca da produção e representação foram definidos os procedimentos, os instrumentos, as fontes e as direções de análise. A análise documental toma como fonte privilegiada além do Cuore, a imprensa, os relatórios de cônsules, ofícios, despachos, circulares ministeriais e anuário das escolas italianas e da instrução pública paulista.
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