O PROCESSO FORMATIVO VIA ALTERNÂNCIA NA ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA – EFAR

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir o ensino profissionalizante via pedagogia da alternância realizado pelas Escolas Famílias Agrícolas – EFAs. Para tanto, refletimos a relação entre o ensino tecnicista e a formação via pedagogia da alternância na formação profissional do jovem. A análise focaliza nas contribuições, tensões e contradições destas práticas de ensino na perspectiva da relação escola e trabalho. Os dados são oriundos da pesquisa de Mestrado, em andamento, intitulada “Processos formativos via alternância: egressos da Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues – EFAR”. O estudo tem base no método materialismo histórico-dialético. O processo de análise ocorreu por meio da entrevista com seis egressos da EFAR. A discussão parte da seguinte problemática: o ensino profissionalizante, via alternância das EFAs, favorece a emancipação ou a subordinação na inserção socioprofissional do jovem camponês? Os resultados apontam que a pedagogia da alternância atua na contramão do tecnicismo, sustentado pelo princípio da organização social dos movimentos sociais da luta pela/na terra, as EFAs realizam um processo formativo na perspectiva da educação e trabalho de forma humanizadora de emancipação humana.