UNIVERSIDADES DESATENTAS: O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE E O INGRESSO NO ENSINO SUPERIOR
DOI:
https://doi.org/10.34019/2447-5246.2020.v25.32918Resumo
O conceito de deficiência tem sofrido muitos deslocamentos ao longo do tempo – uma vez que determinados diagnósticos, a cada mudança legal, passam a ser incorporados à categoria, ou descolados dela, e disso decorre uma série de efeitos. Um deles diz respeito às condições especiais oferecidas na realização dos vestibulares – apoios para permitir formas igualitárias de acesso ao ensino superior – voltadas às pessoas cujas corporeidades demandam adaptações. Dos diagnósticos mais comuns no ambiente educacional, inclusive no ensino superior, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se destaca – e passa a constar no rol daqueles que propiciam condições diferenciadas nos processos seletivos, ainda que não seja um tipo de deficiência. Por meio da análise dos discursos que se constroem em torno do ingresso de pessoas com a condição supramencionada, considerando duas Universidades Federais do Sul do Brasil, a intenção é compreender, partindo de uma perspectiva foucaultiana de análise, quem de fato está sendo incluído e quais narrativas – sobre a desatenção/impulsividade/hiperatividade – têm sido construídas para respaldar as condições diferenciadas de acesso, e também permanência, a esse grupo.
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