Quem é o ingênuo, afinal?
DOI:
https://doi.org/10.22195/2447-5246029155Resumo
A questão de estudo versa sobre as enunciações das crianças, sobre suas vivências na instituição escolar enquanto crianças que não aprendem, que estão em um lugar diferenciado das crianças ditas” normais”, por não terem aprendizagens esperadas em um tempo cronológico esperado. É no diálogo com uma dessas crianças que tensionamos o adjetivo ingênuo, que, ao ser usado, joga o sujeito para fora da cultura, tirando sua possibilidade de ser ativo, expressivo e falante, como nos diz Bakhtin, pois, quando as crianças sofrem diferentes qualificações, elas trazem, em suas enunciações, uma contrapalavra. Elas estão enunciando em resposta, pois existe uma força contra a qual a criança se coloca e responde. Há um movimento de tensão entre o lugar em que são colocadas: a não aprendizagem e o lugar de onde respondem com suas enunciações que contradizem inocência, pureza ou ingenuidade, no sentido de desconhecimento.
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