Eneias a nordeste de Cartago: a poesia latina traduzida para o cordel
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-3446.2019.v7.27938Palavras-chave:
tradução poética, hexâmetro datílico, redondilha maior, literatura de cordel, VirgílioResumo
O presente artigo discute a possibilidade de acomodar a tradução de hexâmetros datílicos a redondilhas maiores como forma de lidar com as características formais do metro latino, particularmente a cesura. Serão revistos alguns tratamentos que esse metro tem recebido na versão da poesia clássica para o português e serão apresentados os critérios com os quais sugerimos as redondilhas maiores como formato possível para a tradução dos hexâmetros. Em seguida, apresenta-se o resultado da aplicação desse modelo de tradução a passagens do canto I da Eneida, em que não somente a redondilha maior é o metro escolhido, mas também se recorre a septilhas, estrofes de sete versos, no estilo adotado pela literatura de cordel. Finalmente serão apontados os ganhos percebidos com a adoção dessa estrutura.
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