Tradução de textos da filosofia oriental: peculiaridades e requisitos no caso da filosofia budista

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Palavras-chave:

tradução, sutra, filosofia oriental, filosofia budista, mahāyāna

Resumo

Este artigo pretende discutir algumas peculiaridades da tradução de textos da filosofia oriental para o português, especialmente dos sutras da filosofia budista mahāyāna. A discussão estrutura-se em torno de dois pontos principais: o primeiro aborda peculiaridades dos textos relativas ao espaço de tempo e diversidade de cultura através dos quais sobreviveram os manuscritos; e aborda também temas como sua confiabilidade (em termos de diferenças significativas nos corpos dos textos) e notas sobre a linguagem na qual estão registrados os manuscritos. O segundo núcleo reparte-se em dois pontos: os pré-requisitos para uma tradução desse porte, a partir dos fatores necessários para uma compreensão ampla do texto e de seus termos em seus próprios contextos; o estudo das trilhas que podemos seguir para tornar essa tradução acessível também ao público em geral, equilibrando a precisão acadêmica para uma compreensão relativamente adequada do texto e a necessidade de uma transmissão eficiente para o público leigo em geral.

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Biografia do Autor

Ethel Panitsa Beluzzi, Doutoranda na Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em Linguística Aplicada na Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

2016-02-05

Como Citar

BELUZZI, E. P. Tradução de textos da filosofia oriental: peculiaridades e requisitos no caso da filosofia budista. Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 95–107, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/ronai/article/view/23138. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos