Uma situação de ensino híbrido no ensino de geometria para alunos do ensino fundamental - anos finais

Autores

  • Francisco Eteval da Silva Feitosa Universidade Federal do Amazonas https://orcid.org/0000-0003-0913-3427
  • Sonia Igliori Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.34019/2594-4673.2022.v6.35806

Palavras-chave:

Ensino híbrido, Abordagem Abordagem instrumental da didática, Geometria

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma situação de ensino híbrido vivenciada por alunos do ensino fundamental - anos finais, desenvolvida em um projeto de extensão promovido pelo Departamento de Matemática da Universidade Federal do Amazonas. Licenciandos do curso de matemática participaram como mediadores do processo de ensino e aprendizagem, desde o planejamento das ações até à concretude do processo. A pesquisa é qualitativa de natureza aplicada; descritiva do ponto de vista de seus objetivos e segundo os procedimentos técnicos, ela pode ser classificada como uma pesquisa-ação. O processo de coleta de informações e de constituição do material de estudo se deu por observação simples e por registros audiovisuais. O experimento possui marcas da abordagem instrumental do didático teorizada por Artigue (2002) e Guin e Trouche (1998). O objeto de conhecimento abordado foi o de Sólidos Geométricos e o modelo de ensino híbrido escolhido foi o de rotação por estações, o qual foi dividido em cinco estações de trabalho, sendo que uma envolvia atividades online, de modo que cada uma tinha um objetivo de aprendizagem bem definido. Cada grupo passava por todas as estações, dentro de um tempo delimitado pelo professor. A partir das observações feitas durante a realização do ensino híbrido, pudemos perceber o envolvimento dos estudantes nas atividades propostas, demonstrando o potencial que metodologias dessa natureza têm para transformar o processo de aprendizagem em uma vivência ativa, no qual os alunos são sujeitos ativos e consequentemente, colaborativos no desenvolvimento de seu aprendizado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

ARTIGUE, M. Learning mathematics in a CAS environment: The genesis of a reflection about instrumentation and the dialectics between technical and conceptual work. International journal of computers for mathematical learning, v. 7, n. 3, p. 245-274, 2002.

BACICH, L.; MORAN, J. Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, v. 17, n. 25, p. 45-47, 2015.

BACICH, L.; NETO, A. T.; DE MELLO TREVISANI, F. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Penso Editora, 2015.

BELLEMAIN, F.; TROUCHE, L. Compreender o trabalho do professor com os recursos de seu ensino, um questionamento didático e informático. In: I Simpósio Latino-Americano de Didática da Matemática. 2016.

BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia dos estudantes. Semina. 2011; 32 (1): 25-40.

BERGMANN, J. Aprendizagem Invertida para resolver o Problema do Dever de Casa. Penso Editora, 2018.

BITTAR, M. A abordagem instrumental para o estudo da integração da tecnologia na prática pedagógica do professor de matemática. Educar em revista, p. 157-171, 2011.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/base/o-que.

BONK, Curtis J.; GRAHAM, Charles R. The handbook of blended learning: Global perspectives, local designs. Francisco, CA: Pfeiffer Publishing, 2006.

CASTRO, E. A. et al. Ensino híbrido: desafio da contemporaneidade?. Projeção e docência, v. 6, n. 2, p. 47-58, 2015.

CORTELAZZO, Angelo Luiz, [et. al.]. Metodologias Ativas e Personalizadas de Aprendizagem: para refinar seu cardápio metodológico. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.

CHRISTENSEN, C. M.; HORN, M. B.; JOHNSON, C. W. Inovação na sala de aula: como a inovação disruptiva muda a forma de aprender. Bookman Editora, 2009.

CHRISTENSEN, C. M.; HORN, M. B.; STAKER, H. Ensino híbrido: uma inovação

disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos. Boston: Clayton Christensen Institute,

CRESWELL, J. W.; CRESWELL, J. David. Projeto de pesquisa-: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Penso Editora, 2010.

DAMIANI, Magda Floriana. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Educar em revista, p. 213-230, 2008.

DE SOUZA, Pricila Rodrigues; DE ANDRADE, Maria do Carmo Ferreira. Modelos de rotação do ensino híbrido: estações de trabalho e sala de aula invertida. Revista E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial-ISSN-1983-1838, v. 9, n. 1, p. 03-16, 2016.

DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Ediitora Atlas SA, 2008.

GUIN, D.; TROUCHE, L. The complex process of converting tools into mathematical instruments: The case of calculators. International Journal of Computers for Mathematical Learning, v. 3, n. 3, p. 195-227, 1998.

GRAHAM, C. R. The Handbook of Blended Learning. Disponível em: http://www.publicationshare.com/graham_intro.pdf. 2005.Acesso em: 28 de jan. 2020.

MATTAR, J. Metodologias Ativas: para a educação presencial, blended e a distância. São Paulo: Artesanato Educacional, p. 28-29, 2017.

MAZUR, Eric. Peer instruction: a revolução da aprendizagem ativa. Penso Editora, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial República Federativa do Brasil, Brasília: 2019. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file.

MORAN, J. Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação, aprendizagem e desenvolvimento. Curitiba: CRV, p. 23-35, 2017.

MORAN, J. Educação híbrida: um conceito-chave para a educação, hoje. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, p. 27-45, 2015.

PEREIRA, G. H. A.; SCHIMIGUEL, J. Implantação de um modelo sustentado de Ensino Híbrido em Matemática baseado na proposta de um quadro adaptativo. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 9, n. 3, p. 163-182, 2018.

RABARDEL, P. Les hommes et les technologies; approche cognitive des instruments contemporains. Armand Colin, 1995.

TORI, Romero. Cursos híbridos ou blended learning. In: Litto FM, Formiga M. Educação a distância: o estado da arte, São Paulo: Pearson Educacional do Brasil, v. 1, p. 121-128, 2009.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo, Cortez: Autores Associados.1986.

TROUCHE, L. Managing the complexity of human/machine interactions in computerized learning environments: Guiding students’ command process through instrumental orchestrations. International Journal of Computers for mathematical learning, v. 9, n. 3, p. 281-307, 2004.

TROUCHE, L. Construction et conduite des instruments dans les apprentissages mathématiques: nécessité des orchestrations, Recherches en didactique des mathématiques, 25, p. 91-138, 2005.

VERGNAUD, G. The theory of conceptual fields. Human development, v. 52, n. 2, p. 83-94, 2009.

Downloads

Publicado

2022-04-05

Como Citar

FEITOSA, F. E. da S.; IGLIORI, S. Uma situação de ensino híbrido no ensino de geometria para alunos do ensino fundamental - anos finais. Revista de Investigação e Divulgação em Educação Matemática , [S. l.], v. 6, n. 1, 2022. DOI: 10.34019/2594-4673.2022.v6.35806. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/ridema/article/view/35806. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos