A pesquisa-ação colaborativa

uma perspectiva para o trabalho educativo especializado na proteção da infância

Autores

Palavras-chave:

Trabalho, Profissionais, Proteção da infância, Vozes

Resumo

Este artigo mostra o papel da pesquisa-ação-colaborativa (PAC) (Monceau, 2015) no contexto da proteção da infância (Robin, 2021) na França, destacando a importância de considerar a(s) voz(es) das crianças e de suas famílias. Focaremos nos tempos de 'participação observante' (Soulé, 2007) conduzidos com Carolina, uma educadora especializada, que ilustra como as dinâmicas participativas e colaborativas podem ser integradas nas práticas educativas. O estudo mostra que o reconhecimento da voz das crianças requer uma relação de confiança que leva tempo para se estabelecer. Os momentos de trocas informais são identificados como espaços propícios para a expressão autêntica das crianças e dos pais. Os educadores puderam, por meio dessa abordagem, questionar suas práticas profissionais ao se apropriar das ferramentas experimentadas na pesquisa. Embora os resultados destaquem vários desafios na integração dessas ações nas práticas cotidianas, a pesquisa-ação revela-se eficiente para a formação contínua dos profissionais e contribui para mudanças de postura.

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Biografia do Autor

Silvia Helena Valentim, Centre Régional de Formation des Professionnels de l'Enfance: Lille, Hauts-de-France, FR

Doutora em Ciências da Educação e Formação, diretora de estudos no CRFPE (Centro Regional de Formação de Profissionais da Infância), pesquisadora associada aos laboratórios École Mutations Apprentissages (EMA) e ao Centre Interuniversitaire de Recherche en Éducation de Lille (CIREL). Ela faz parte do Grupo de Interesse Científico (GIS) Hybrida IS, rede interdisciplinar e internacional de pesquisa em intervenção social, representando o laboratório CIREL (membro institucional da rede), bem como da rede internacional Recherche avec. É especializada em estudos nas áreas da educação infantil, proteção da infância, profissionalidades e métodos participativos.

 

Pascal Fugier, Université de Cergy-Pontoise

Doutor em sociologie, professor adjunto em Ciências da Educação e Formação na CY Cergy Paris Université. Membro do laboratório École Mutations Apprentissages (EMA – EA 4507). Responsável pelo curso de mestrado EPDIS (Encadrement, Pilotage et Développement en Intervention Sociale). Membro do laboratório École Mutations Apprentissages (EMA – EA 4507), ele faz parte do Conselho do Grupo de Interesse Científico (GIS) Hybrida IS, Rede interdisciplinar e internacional de pesquisa em intervenção social, representando o laboratório EMA (membro institucional da rede). Ele também é membro do comitê executivo do RUFS (Rede Universitária de Formações do Social), bem como da rede internacional Recherche avec e membro fundador do RISC (Rede Internacional de Sociologia Clínica). é especializado em estudos sobre mudanças organizacionais e institucionais nos setores social, sanitário e educativo, processos de profissionalização: emergência de novas profissionalidades e reprofissionalização participação, poder de agir e subjetivação, métodos participativos e abordagens clínicas em ciências sociais.

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Publicado

2025-09-11

Edição

v. 27 (2025): Edição Comemorativa dos 60 anos do Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF

Seção

Dossiê: Pesquisa com bebês e crianças