O tempo integral em questão

as percepções do 3° ano do ensino fundamental

Autores

  • Maria Carolina da Silva Caldeira Centro Pedagógico da UFMG
  • Luiz Alberto Ribeiro Dumont Centro Pedagógico/UFMG
  • André Faria Centro Pedagógico/UFMG

DOI:

https://doi.org/10.34019/1984-5499.2019.v21.27841

Palavras-chave:

Tempo integral, Escola de tempo integral, Percepções

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a percepção de crianças de oito anos, do 3° ano do 1° ciclo do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sobre a escola de Tempo Integral. A forma com que elas lidam com a jornada de estudos, o tempo que passam nesse ambiente, a opinião sobre a presença dos monitores em sala de aula, a alimentação que fazem na escola e o tempo que passam com a família, relatando se ela é presente na vivência escolar, são os aspectos analisados na pesquisa. O estudo se deu por meio de entrevistas com os alunos em grupos de 10 crianças. Essas entrevistas foram áudio-gravadas e realizadas em dois momentos distintos com cada grupo. Os resultados nos levam a concluir que essas crianças, em sua maioria, aceitam bem a ideia de Tempo Integral, no entanto, enfatizam a necessidade de rever alguns critérios que fazem parte do construto dessa proposta de ensino.

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Publicado

2019-12-21