A narrativização das práticas como prática de liberdade
Resumo
Este texto tem como objetivo apresentar parte da pesquisa que desenvolvo para o doutorado que acontece
com professoras do ensino fundamental inicial num município da Baixada Fluminense/RJ. Tenho buscado
trazer para o lugar da pesquisa um espaço de trocas de vivências e experiências. Por meio desse espaçotempo
da troca ou das chamadas comunidades de prática, as professore e professoras podem reforçar sentimentos
de pertencimento, de identidade profissional e de autoria que são importantes para que se apropriem dos
processos de mudança e os transformem em práticas concretas de intervenção. Essa reflexão coletiva pode dar
sentido aos projetos profissionais deles(as). Para isso, identifico o cotidiano das práticas desses profissionais
como um espaçotempo de produção de conhecimentos que supera a ideia moderna de que esse é um espaço
de repetição. Assim, é necessário aceitar que a vida cotidiana nas escolas é o espaçotempo do complexus
(MORIN, 1996), isto é, ali circulam, como em qualquer espaço social, saberes, valores e culturas, enredados
numa trama de fios interligados de todas as maneiras e advindos das mais diferentes vivências e de conjunturas
plurais, repletas de movimento.