QUEM ÉS TU, PAI? O LEGADO PATRIARCAL EM AO FAROL

Autores

  • Gabriel Leibold
  • Davi Pinho

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-0836.2020.v24.33078

Resumo

Este artigo analisa figurações do pai no romance Ao Farol (1927), de Virginia Woolf. Para tal, contextualizamos o romance de Woolf no vocabulário teórico-ficcional da própria autora, cuja escrita desfaz o que Toril Moi (2002) descreveu como a metafísica falsificadora de gênero. Se a história naturalizou a primazia do masculino, Virginia Woolf se direciona a uma forma andrógina de eudemonia, como pensa Madelyn Detloff (2016), para desconstruir tal primazia. Nesse viés, e por meio da pergunta que criamos em uma aproximação entre Woolf (1929; 1938) e Judith Butler (2015) — Quem és tu, pai?, mapeamos os laços familiares forjados pelos Ramsays, entendendo o romance de Woolf como uma rememoração crítica do seu próprio passado no seio de uma família patriarcal.

Palavras-chave: Virginia Woolf; Ao Farol; Masculinidade; Paternidade; Legado patriarcal.

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Biografia do Autor

Gabriel Leibold

Mestrando em Literaturas de Língua Inglesa no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde pesquisa figurações da paternidade na obra de Virginia Woolf. Graduado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Entre outros ensaios, é autor do capítulo “Virginia Woolf escreve a paternidade”, publicado na coletânea Conversas com Virginia Woolf (Ape’ku, 2020). Professor de língua inglesa no Colégio de Aplicação da PUC-Rio, Teresiano.

Davi Pinho

Professor de Literatura Inglesa na UERJ. Doutor em Literatura Comparada pela mesma instituição, com período de pesquisa na Birkbeck, University of London. Entre suas publicações mais recentes estão a coedição do número 51 do periódico Matraga: A prosa modernista na contemporaneidade (PPGLetras UERJ, 2020), a coorganização dos livros Conversas com Virginia Woolf (Ape’ku, 2020) e Literaturas de Língua Inglesa: leituras interdisciplinares, v. 5 (Letra Capital, 2020),  um ensaio na coletânea O que você precisa saber sobre Shakespeare antes que o mundo acabe (Nova Fronteira, 2020) e outro no The Edinburgh Companion to Virginia Woolf and Contemporary Global Literature (Edinburgh University Press, 2021).

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Publicado

2020-12-22

Edição

Seção

Literaturas de Língua Inglesa

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