O corpo-corpus que cala e fala: interseccionalidade em Maya Angelou

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-0836.2025.v29.48957

Palabras clave:

autobiografia, corpo, literatura negra, interseccionalidade

Resumen

O artigo analisa, sob uma perspectiva interseccional, a autobiografia I Know Why the Caged Bird Sings, de Maya Angelou, destacando como a autora elabora uma poética do corpo-corpus negro feminino. A análise concentra-se na articulação entre experiências de raça, gênero, classe e deficiência, evidenciando como a obra transforma vivências subalternizadas em matéria literária e política. Através de cenas de humilhação, silêncio e espiritualidade, o texto revela como Angelou inscreve subjetividades negras em uma narrativa ética e estética, em que o corpo cala e fala, desafiando formas de apagamento e reconfigurando modos de existência.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

ANGELOU, Maya. The collected autobiographies of Maya Angelou. New York: The Modern Library, 2004.

ANGELOU, Maya. Letter to my daughter. Nova Iorque: Random House, 2009.

ANGELOU, Maya. Shades and slashes of light. In: EVANS, Mari (ed.). Black women writers (1950-1980): a critical evaluation. Nova York: Anchor, 1984, p. 3-5.

BARNWELL, Cherron A. Singin’ de Blues, Writing Black Female Survival in I Know Why the Caged Bird Sings. In: BLOOM, Harold (Ed.). Maya Angelou. Nova York: Bloom’s Literary Criticism, 2009, p. 133-146.

CRENSHAW, K. Demarginalizing the intersection of race and sex: a Black feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. The University of Chicago Legal Forum, 1989, article 8.

DAVIES, Carole Boyce. Moving beyond boundaries: Black women’s diasporas. Londres: Pluto Press, 1995.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: Ubu, 2020.

FIGUEIREDO, Eurídice. A nebulosa do (auto)biográfico: vidas vividas, vidas escritas. Porto Alegre: Zouk, 2022.

GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

KOYANA, Siphokazi. The heart of the matter: motherhood and marriage in the autobiographies of Maya Angelou. In: BLOOM, Harold. (ed.). Maya Angelou. Nova York: Bloom’s Literary Criticism, 2009, p. 67-83.

LUPTON, Mary Jane. Maya Angelou: a critical companion. Westport e Londres: Greenwood Press, 1998.

MCPHERSON, Dolly A. Order out of chaos: the autobiographical works of Maya Angelou. Nova York: Peter Lang, 1990.

RABOTEAU, Albert J. A fire in the bones: reflections on african-american religious history. Boston: Beacon, 1995.

RIOS, Flavia; RATTS, Alex. A perspectiva interseccional de Lélia Gonzalez. In: CHALHOUB, S.; PINTO, A. F. M. (orgs.). Pensadores negros - pensadoras negras: Brasil séculos XIX e XX. Cruz das Lmas: Editora UFRB; Belo Horizonte: Fino Traço, 2016. p. 387-403.

RODRIGUES, Felipe Fanuel Xavier. Em nome de Maya Angelou. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 3, e58624, 2019.

SOBRAL, Cristiane. Não vou mais lavar os pratos. 3a ed. Brasília: Garcia, 2016.

WALKER, Alice. In search of our mothers’ gardens: womanist prose. Nova York: Harcourt, 1983.

WALKER, David. Walker’s appeal, in four articles; together with a preamble, to the coloured citizens of the world, but in particular, and very expressly, to those of the United States of America. Chapel Hill: University of North Carolina at Chapel Hill, 2001 [1830]. Disponível em: <http://docsouth.unc.edu/nc/walker/walker.html>. Acesso em 30/04/2015.

Publicado

2025-12-10