A DUPLA DOMINAÇÃO DA MULHER MOÇAMBICANA EM O ALEGRE CANTO DA PERDIZ DE PAULINA CHIZIANE

Autores

  • Renata Flavia da Silva Universidade Federal Fluminense
  • Mariana Motta Campinho Cardoso Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-0836.2019.v23.29182

Resumo

A partir da análise da obra O alegre canto da perdiz (2008), da escritora Paulina Chiziane, este artigo propõe uma reflexão acerca de algumas das possibilidades identitárias da mulher moçambicana, tendo em vista a dominação masculina. A família de Serafina, Delfina e Maria das Dores é o eixo em torno do qual se constrói o universo diegético. A obra é conduzida, pois, por mãos femininas, quer na própria urdidura do texto, quer nas ações do enredo, quer no papel de progenitora de uma geração que se pretende descolonial.

Palavras-chave: Literatura moçambicana. Colonialismo. Autoria feminina.

Referências

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Biografia do Autor

Renata Flavia da Silva, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolveu estágio de pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com bolsa CAPES. Professor Associado I de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Mariana Motta Campinho Cardoso, Universidade Federal Fluminense

Graduada em Letras: Português/Literaturas e Mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi bolsista do Programa de Intercâmbio Institucional da mesma Universidade, por meio do qual estudou por um período de 6 meses na Universidade de Coimbra (UC), em Portugal. Foi bolsista CNPq durante o mestrado.

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Publicado

2019-12-04