Releituras de Jane Austen: o fenômeno das adaptações audiovisuais
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-0836.2025.v29.48969Palavras-chave:
Jane Austen. Adaptação. Audiovisual. Cultura da convergência. Intersemiótica.Resumo
Este artigo propõe uma análise do fenômeno das adaptações audiovisuais da obra de Jane Austen, à luz das teorias da adaptação e da cultura da convergência, formuladas respectivamente por Linda Hutcheon (2013) e Henry Jenkins (2009). Parte-se da compreensão de que as adaptações não devem ser vistas como meras cópias do texto original, mas como práticas intersemióticas e culturais que reconfiguram narrativa, linguagem e valores. A permanência da autora na cultura contemporânea se manifesta por meio da transposição de seus romances para mídias como cinema, televisão e redes digitais. Tais releituras são impulsionadas tanto por produções institucionais quanto por iniciativas de fãs, que atuam como agentes ativos na recriação e circulação das obras. A partir desse panorama, este estudo investiga como essas adaptações renovam o interesse por Jane Austen, principalmente entre o público jovem, promovendo uma atualização estética e ideológica do cânone literário. A análise considera as adaptações como produtos culturais que articulam memória literária, prática participativa e mediação midiática.
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