Recriações e ressonâncias
Caramuru e a polêmica d’A Confederação dos Tamoios em Gupeva: romance brasiliense (1861), de Maria Firmina dos Reis
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-0836.2022.v26.38977Resumo
Este artigo analisa Gupeva: romance brasiliense, de Maria Firmina dos Reis, por meio da investigação das relações entre o referido romance e Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia, de José de Santa Rita Durão, à luz da estética do Romantismo brasileiro, contexto de produção da obra de Reis, e das opiniões de José de Alencar expressas durante a polêmica em torno d’A Confederação dos Tamoios (junho a agosto de 1856). Dessa forma, este artigo demonstra, no contexto oitocentista, a relevância da retomada consciente de um clássico épico brasileiro.
Palavras-chave: Romantismo. Indianismo. Intertextualidade. Épico. Romance.
RECREATIONS AND RESONANCES: CARAMURU AND THE POLEMIC OF A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS IN GUPEVA: ROMANCE BRASILIENSE (1861), BY MARIA FIRMINA DOS REIS
ABSTRACT: This article analyzes Gupeva: romance brasiliense, by Maria Firmina dos Reis, through the investigation of the relations between the mentioned novel and Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia, by José de Santa Rita Durão, in the light of Brazilian Romanticism aesthetics, in the context of production of Reis' work, and of José de Alencar's opinions expressed during the polemic about A Confederação dos Tamoios (June to August, 1856). Thus, this article demonstrates, in the nineteenth-century context, the relevance of the conscious retaking of a Brazilian epic classic.
Keywords: Romanticism. Indianism. Intertextuality. Epic. Romance.