A identidade cultural do sujeito diaspórico em Um defeito de cor
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-0836.2022.v26.37357Resumo
Os sujeitos diaspóricos passam por uma reconfiguração identitária resultante das trocas culturais. Tomando por base teorias sobre a identidade e, em particular, o conceito de identidade cultural, este estudo propõe a análise do romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, cuja protagonista é uma ex-escrava, que foi capturada ainda criança no Daomé e enviada ao Brasil. Esse romance pode ser considerado como uma neonarrativa de escravidão, conforme a definição de Ashraf Rushdy (1999), ou seja, uma narrativa contemporânea que adota algumas estratégias dos primeiros relatos de ex-escravos, mas traz à baila questões que repercutem no mundo hodierno.