Avaliação Convencional & Estesiômetro: Resultados controversos na avaliação sensitiva no câncer de mama.

Resumo

O objetivo foi analisar o efeito da orientação domiciliar, em pacientes após cirurgia de câncer de mama com queixa de hipoestesia, pelas avaliações; convencional e com o estesiômetro. Este estudo, clínico, prospectivo e randomizado, foi realizado no período de Agosto de 2004 a Fevereiro de 2008, na amostra de conveniência de 60 mulheres, submetidas à cirurgia de mama com esvaziamento axilar, divididas em dois grupos (n=30). O GI (Orientação com Kit de diferentes texturas, para realização em domicilio) e o GII (Controle). A sensibilidade superficial foi avaliada pelos monofilamentos de Semmes-Weinstein e pela avaliação convencional utilizando dois tubos de ensaios com água quente (38 a 43^oC) e fria (16 a 27^oC), pincel, agulha. O GI foi submetido às 10 sessões e ambos às avaliações em 3 momentos. O M1 (Pré intervenção), o M2 (Pós-intervenção) após 10 sessões de intervenção fisioterapêutica e o M3 (washout) após 3 meses do segundo momento avaliativo. A região alvo de avaliação e intervenção sensitiva foi o dermátomo do nervo intercostobraquial. No teste de Goodman (avaliação convencional) houve melhora, em ambos os grupos, no P1, durante a avaliação térmica. No teste “t” de student (estesiômetro) houve melhora no P2 apenas no GI (p=0,003) entre os momentos 1 e 2 mantendo no momento 3 (p=0,121 e p=0,733 respectivamente). Foi concluído que houve divergência e resultados opostos, após analisar o efeito da orientação domiciliar, no dermátomo do nervo intercostobraquial, pelas avaliações; convencional e com o estesiômetro.