Banho sem enxágue em pacientes acamados: uma revisão sistemática sobre a eficácia e a segurança no procedimento

Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H)

Autores

  • Adriana Cristina Nicolussi Universidade Federal do Triângulo Mineiro https://orcid.org/0000-0001-5600-7533
  • Elizabeth Barichello Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Karoline Faria de Oliveira Universidade Federal do Triângulo Mineiro https://orcid.org/0000-0002-7941-5852
  • Valter Paulo Neves Miranda Universidade Federal do Triângulo Mineiro https://orcid.org/0000-0002-2037-0573
  • Thaís Santos Guerra Stacciarini Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Saulo Pereira da Costa Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0000-0003-3496-2366

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.42912

Palavras-chave:

Banhos, Cuidados de Enfermagem, Produtos para Higiene Pessoal, Revisão Sistemática

Resumo

Introdução: O banho sem enxágue no leito está sendo utilizado em algumas instituições de saúde em substituição ao banho no leito convencional, porém não existem evidências suficientes quanto à eficácia e à segurança desse procedimento. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança do banho sem enxágue em pacientes adultos e idosos que necessitam de cuidados no leito. Materiais e Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática, tendo como guia a declaração PRISMA. Três pesquisadores de forma independente e consensual fizeram as fases de seleção e extração dos dados. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos controlados randomizados (ECCR) ou estudo quase experimentais (EQE), que avaliaram os desfechos segurança e eficácia do uso do banho sem enxágue. A busca aconteceu nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Cochrane, Web of Science e SCOPUS. Os termos usados nas buscas foram "banhos", "assistência ao paciente", "produtos de higiene pessoal". Por fim, avaliou-se do risco de viés dos estudos pelas ferramentas ROB 2 e Robins-I. Resultados: Foram incluídos quatro estudos ECCR e dois EQE. Três foram classificados como alto risco de viés ou algumas preocupações. Dois artigos avaliaram a colonização da pele e um estudo avaliou a integridade da pele. Verificou-se uma redução da microbiota e das lesões na pele no grupo do banho sem enxágue. A maioria dos estudos (três) não mostrou a diferença no custo entre o banho sem enxágue e o banho seco, no entanto, verificou-se menor tempo de trabalho dos profissionais de Enfermagem. Conclusão: O emprego do banho sem enxágue mostrou-se eficaz em relação à redução da microbiota da pele, redução dos custos das horas de Enfermagem e maior satisfação para os pacientes e profissionais. Quanto à segurança, estudo se mostrou favorável ao banho de enxágue em relação ao banho convencional. É necessário interpretar resultados com cautela, com base na qualidade metodológica de alguns estudos analisados.

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Biografia do Autor

Adriana Cristina Nicolussi, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Enfermeira. Doutora em Ciências. Docente do Instituto de Ciências da Saúde/UFTM. Membro do NATS HC-UFTM e do Grupo de Pesquisa CNPq "Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em Saúde".

Elizabeth Barichello, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Instituto de Ciências da Saúde/UFTM. Membro do NATS HC-UFTM e do Grupo de Pesquisa CNPq "Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em Saúde".

Karoline Faria de Oliveira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Enfermeira. Doutora em Atenção à Saúde. Membro do NATS HC-UFTM e do Grupo de Pesquisa CNPq "Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em Saúde".

Valter Paulo Neves Miranda, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Pós-Doutorado em Saúde Coletiva pelo PPGSC. Pós-Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFV (2019-2021). Doutor em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (2017). Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-graduação Associado UFJF-UFV (2011). Profissional de Educação Física do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). Membro do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - Filial Ebserh.

Thaís Santos Guerra Stacciarini, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Enfermeira. Chefe da Unidade de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde. Doutora em Ciências da Saúde. Coordenadora do NATS HC-UFTM e líder do Grupo de Pesquisa CNPq Núcleo de Estudos em Avaliação de Tecnologias em Saúde

Referências

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Nicolussi AC, Barichello E, Oliveira KF, Stacciarini TG. Eficácia e segurança do banho sem enxágue: parecer técnico científico. Uberaba: Núcleo de Avaliação de Tecnologia em Saúde do HC-UFTM; 2023.

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Publicado

2024-02-05

Como Citar

1.
Cristina Nicolussi A, Barichello E, Faria de Oliveira K, Neves Miranda VP, Santos Guerra Stacciarini T, Pereira da Costa S. Banho sem enxágue em pacientes acamados: uma revisão sistemática sobre a eficácia e a segurança no procedimento: Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H). HU Rev [Internet]. 5º de fevereiro de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];49:1-10. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42912

Edição

Seção

Artigos de Revisão Sistemática

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