Banho sem enxágue em pacientes acamados: uma revisão sistemática sobre a eficácia e a segurança no procedimento
Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H)
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.42912Palavras-chave:
Banhos, Cuidados de Enfermagem, Produtos para Higiene Pessoal, Revisão SistemáticaResumo
Introdução: O banho sem enxágue no leito está sendo utilizado em algumas instituições de saúde em substituição ao banho no leito convencional, porém não existem evidências suficientes quanto à eficácia e à segurança desse procedimento. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança do banho sem enxágue em pacientes adultos e idosos que necessitam de cuidados no leito. Materiais e Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática, tendo como guia a declaração PRISMA. Três pesquisadores de forma independente e consensual fizeram as fases de seleção e extração dos dados. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos controlados randomizados (ECCR) ou estudo quase experimentais (EQE), que avaliaram os desfechos segurança e eficácia do uso do banho sem enxágue. A busca aconteceu nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Cochrane, Web of Science e SCOPUS. Os termos usados nas buscas foram "banhos", "assistência ao paciente", "produtos de higiene pessoal". Por fim, avaliou-se do risco de viés dos estudos pelas ferramentas ROB 2 e Robins-I. Resultados: Foram incluídos quatro estudos ECCR e dois EQE. Três foram classificados como alto risco de viés ou algumas preocupações. Dois artigos avaliaram a colonização da pele e um estudo avaliou a integridade da pele. Verificou-se uma redução da microbiota e das lesões na pele no grupo do banho sem enxágue. A maioria dos estudos (três) não mostrou a diferença no custo entre o banho sem enxágue e o banho seco, no entanto, verificou-se menor tempo de trabalho dos profissionais de Enfermagem. Conclusão: O emprego do banho sem enxágue mostrou-se eficaz em relação à redução da microbiota da pele, redução dos custos das horas de Enfermagem e maior satisfação para os pacientes e profissionais. Quanto à segurança, estudo se mostrou favorável ao banho de enxágue em relação ao banho convencional. É necessário interpretar resultados com cautela, com base na qualidade metodológica de alguns estudos analisados.
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Referências
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