Eficácia da estimulação hissiana e septal profunda comparada à estimulação cardíaca convencional: revisão de literatura

Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H)

Autores

  • Liliane Barreto Teixeira Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0009-0002-1831-2355
  • Saulo Pereira Costa Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0000-0003-3496-2366
  • Sérgio Antônio Zullo Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0000-0002-7703-3172
  • Thaís Santos Guerra Stacciarini Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
  • Luciane Fernanda Rodrigues Martinho Fernandes Universidade Federal do Triângulo Mineiro https://orcid.org/0000-0001-9627-0870

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.42846

Palavras-chave:

Estimulação Cardíaca Artificial, Doença do Sistema de Condução Cardíaco, Eficácia

Resumo

Introdução: Pacientes com insuficiência cardíaca e doenças do sistema de condução necessitam de dispositivos para monitoramento dos batimentos cardíacos, como marcapassos permanentes, dispositivos de ressincronização cardíaca ou cardiodesfibriladores implantáveis. A estimulação ventricular direita é tradicionalmente o tratamento de escolha. No entanto, estudos demonstraram evidências de dissincronia ventricular, redução da função cardíaca, recorrência de fibrilação atrial e aumento da mortalidade associadas a esta abordagem. Conhecimento dos efeitos adversos das técnicas convencionais justifica a realização de pesquisas para determinar se a estimulação hissiana (EH) é uma técnica que produz maior ativação fisiológica e ventricular mais sincronizada. Objetivo: Avaliar a eficácia da estimulação hissiana comparada à EVD em relação aos parâmetros eletrocardiográficos, ecocardiográficos e clínicos. Material e Métodos: Critérios de elegibilidade seguiram a estratégia PICOS: P – pacientes com indicação de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis; I – estimulação hissiana; C – estimulação ventricular direita; O – duração do complexo QRS, fração de ejeção, diâmetro ventricular ou classe funcional da New York Heart Association; S – ensaios clínicos controlados randomizados (ECR) e não randomizados. As buscas foram realizadas nas bases Medline via PubMed, Embase, LILACS e Cochrane Library, realizadas em março de 2023 por três revisores independentes. Resultados: Foram incluídos sete ensaios clínicos comparando as técnicas EH versus EVD quanto aos desfechos investigados. Para a duração do complexo QRS, três estudos encontraram resultado significativamente melhor no grupo intervenção. Para fração de ejeção e classe funcional da NYHA, dois estudos apresentaram resultados significativamente melhores no grupo EH. Quanto ao risco de viés, apenas dois apresentaram risco baixo e médio, quatro apresentaram risco alto em um, dois ou três dos itens avaliados. Conclusões: Técnica EH demonstrou superioridade à técnica convencional, entretanto são necessários ECR de maior qualidade metodológica e meta-análises para verificar a eficácia clínica da técnica, envolvendo maior número de pacientes e tempo de seguimento.

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Biografia do Autor

Liliane Barreto Teixeira, Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Farmacêutica Clínica HC-UFTM. Chefe da Unidade de Farmácia Clínica HC-UFTM. Mestre em Ciências da Saúde. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa “Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em saúde”. Membro do Nats/HC-UFTM

Saulo Pereira Costa, Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Enfermeiro. Responsável Técnico de Enfermagem do Serviço de Hemodinâmica/HC-UFTM. Mestre em Atenção à Saúde. Pesquisador do Grupo de Pesquisa “Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em saúde”

Sérgio Antônio Zullo, Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Estatístico – EBSERH. Pesquisador do Grupo de Pesquisa “Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em saúde”. Membro do Nats/HC-UFTM

Thaís Santos Guerra Stacciarini, Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Enfermeira. Chefe da Unidade de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde. Doutora em Ciências da Saúde. Coordenadora do NATS/HC/UFTM e líder do Grupo de Pesquisa CNPq Núcleo de Estudos em Avaliação de Tecnologias em Saúde

Luciane Fernanda Rodrigues Martinho Fernandes, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Fisioterapeuta - Docente do Curso de Fisioterapia da UFTM e dos Programas de pós-graduação stricto sensu em Fisioterapia UFTM/UFU e Educação Física - UFTM. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa “Núcleo de estudos em avaliação de tecnologias em saúde”.

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Publicado

2024-05-08

Como Citar

1.
Barreto Teixeira L, Pereira Costa S, Antônio Zullo S, Santos Guerra Stacciarini T, Fernanda Rodrigues Martinho Fernandes L. Eficácia da estimulação hissiana e septal profunda comparada à estimulação cardíaca convencional: revisão de literatura: Série temática: Avaliação de Tecnologias em Saúde Hospitalar (ATS-H). HU Rev [Internet]. 8º de maio de 2024 [citado 26º de dezembro de 2024];49:1-10. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42846

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