Relato de experiência: abordagem multidisciplinar na anemia aplástica – desenvolvimento de um modelo de assistência ambulatorial
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2021.v47.32984Palabras clave:
Anemia Aplástica;, Ambulatório Hospitalar, Assistência Integral à Saúde, Equipe de Assistência ao PacienteResumen
Introdução: A anemia aplástica é uma doença hematológica rara, que cursa com alta morbidade e mortalidade. O tratamento é definido pela idade do paciente, classificação da gravidade, comorbidades existentes e disponibilidade de um doador compatível para transplante de células progenitoras hematopoiéticas. A assistência a esses pacientes é complexa, tanto pela raridade da condição, quanto pela seriedade das manifestações, e pode ser aprimorada pela atuação de uma equipe multidisciplinar, visando a atenção integral à saúde desses indivíduos. Objetivo: Descrever o trabalho de uma equipe multidisciplinar no atendimento ambulatorial a pacientes com anemia aplástica em um hospital universitário. Relato de Experiência: A partir de março de 2016 o serviço de hematologia de um hospital universitário reorganizou o ambulatório de aplasias, propondo realizar consultas médicas, coleta e avaliação de exames laboratoriais e transfusões, todos nas dependências da instituição e no mesmo dia da semana, diminuindo a necessidade de visitas dos pacientes a múltiplos serviços de saúde. Desde então, 32 pacientes da Zona da Mata mineira e do Campo das Vertentes foram incluídos nesse modelo de seguimento clínico, com baixo índice de absenteísmo nos atendimentos propostos. Conforme demandas apresentadas pelos pacientes ou percebidas pelos médicos, o ambulatório de aplasias passou a oferecer, além do atendimento rotineiro das equipes de enfermagem e da agência transfusional, avaliação dos serviços de psicologia, odontologia, nutrição, fisioterapia, serviço social e referências a outras especialidades médicas. Conclusão: A abordagem multidisciplinar empregada busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes, fortalecendo sua relação com os profissionais, a adesão ao tratamento e o entendimento da doença não apenas como um fator médico-biológico, mas como um processo vinculado à história de vida do indivíduo e seu entorno social. Acredita-se que esse modelo possa ser reproduzido em outros serviços, visando aumentar a qualidade na assistência a pessoas com anemia aplástica.
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