Pontos comuns e estratégias para a escrita do psicólogo em prontuário único: relato de experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.39060

Palavras-chave:

Registros Médicos, Psicologia Médica, Saúde Mental, Equipe de Assistência ao Paciente

Resumo

Introdução: A crescente inserção da Psicologia em ambientes de saúde demanda adaptações técnicas para a atuação em contextos multiprofissionais. O Prontuário Único tem como um de seus objetivos facilitar a comunicação entre profissionais de diversas especialidades apontando e descrevendo o processo de cuidado pelo qual o paciente está passando. O Conselho Federal de Psicologia torna obrigatório o registro documental sobre a prestação de serviços psicológicos, porém, por vezes, com orientações vagas e generalistas, o que acaba por favorecer a produção de uma multiplicidade de formas nos relatos escritos produzidos por psicólogos que, por vezes, podem ser pouco claros e objetivos. Objetivo: Propor um roteiro de entrevista com pontos comuns e estratégias para a escrita do psicólogo em Prontuário Único.  Relato de Experiência: O período de experiência ocorreu durante o primeiro ano da Residência Multiprofissional Integrada em Atenção Hospitalar do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora – Minas Gerais. Coube ao residente realizar atendimentos decorrentes de pedidos de pareceres, demandas espontâneas de pacientes, familiares e/ou cuidadores informais, assim como promover busca ativa com critérios específicos. Todas as atividades, no seu término, precisavam ser registradas em Prontuário Único. Conclusão: A intervenção resultou na produção de uma estrutura orientadora para a escrita em Prontuário Único, tornando-se também um tópico abordado nas tutorias ocorridas como parte da formação na residência. Paralelamente, foram recebidos feedbacks por parte de outras equipes multiprofissionais sobre uma maior facilidade na compreensão do conteúdo registrado pelos psicólogos. Trabalhos futuros devem ser realizados de forma a avaliar formalmente o roteiro e sua eficiência quanto à qualificação dos registros e aprimoramento da comunicação com a equipe de saúde, assim como propor melhorias e adaptações em sua estrutura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Cardoso KV, Ferreira BA, Castro SS. Utilização do modelo biopsicossocial no estudo da anatomia humana no curso de fisioterapia: relato de experiência. Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia. 2019; 6(11).

Botega NJ. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Artmed Editora; 2017.

Prado MF, Sá MC, Miranda L. O paciente com transtorno mental grave no hospital geral: uma revisão bibliográfica. Saúde em Debate. 2015; 39(spe):320-37.

Wiemann I, Munhoz TN. Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados nos usuários do Centro de Referência de Assistência Social de São Lourenço do Sul, RS. Ensaios Ciência C Biológicas Agrárias Saúde. 2015; 19(2).

Fortes S, Villano LAB, Lopes CS. Nosological profile and prevalence of common mental disorders of patients seen at the Family Health Program (FHP) units in Petrópolis, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Psiquiatria. 2007; 30(1):32-7.

Lhullier LA. Quem é a Psicóloga brasileira? Mulher, psicologia e trabalho [Internet]. [citado em 2022 set 24]. Brasília: Conselho Federal de Psicologia; 2013. Acesso em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Acervo_files/quem_e_a_psicologa_brasileira.pdf

Mäder BJ. Caderno de psicologia hospitalar: considerações sobre assistência, ensino, pesquisa e gestão [Internet]. [citado em 2022 Set 24]. Curitiba: CRP-PR; 2016. Acesso em: https://crppr.org.br/wp-content/uploads/2019/05/AF_CRP_Caderno_Hospitalar_pdf.pdf

Pinheiro DCS. O papel do plano de comunicação preventivo em momento de crise na organização [Monografia]. [citado em 2022 dez 1]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Educação e Biblioteconomia; 2005. Acesso em: https://repositorio.bc.ufg.br/bitstream/ri/4451/5/TCCG%20-%20Jornalismo%20-%20Da%C3%ADse%20Cristina%20de%20S%C3%A1%20Pinheiro.pdf

Pinto VB. Prontuário eletrônico do paciente: documento técnico de informação e comunicação do domínio da saúde. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação. 2007; 11(21).

Conselho Federal de Medicina (BR). Resolução CFM n° 1.638, de 10 de julho de 2002 [Internet]. Define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. [citado em 2022 Jun 17]. Acesso em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4209117/RESOLUCAOCFMN1.638DE10DEJULHODE2002.pdf

Silva FG, Tavares-Neto J. Avaliação dos prontuários médicos de hospitais de ensino do Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica. 2007; 31(2):113-26.

Conselho Federal de Psicologia (BR). Resolução CFP n° 001/2009 [Internet]. Dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente da prestação de serviços psicológicos. [citado em 2022 Jun 27]. Acesso em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/04/resolucao2009_01.pdf

Conselho Federal de Psicologia (BR). Código de ética profissional do psicólogo. [citado em 2022 Jul 21]. Acesso em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

Lago VM, Yates DB, Bandeira DR. Elaboração de documentos psicológicos: considerações críticas à Resolução CFP no 007/2003. Temas em Psicologia. 2016; 24(2):771-86.

Conselho Federal de Psicologia (BR). Resolução n° 6, de 29 de março de 2019 [Internet]. Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a Resolução CFP no 15/1996, a Resolução CFP no 07/2003 e a Resolução CFP no 04/2019. [citado em 2022 Ago 03]. Acesso em: https://www.sepsi.ufscar.br/arquivos/regulamentacao/resolucaocfp-06-2019.pdf

Almeida FF, Cantal C, Costa Junior ÁL. Prontuário psicológico orientado para o problema: um modelo em construção. Psicologia: Ciência e Profissão. 2008; 28(2):430-42.

Rodrigues PM, Paraboni P, Arpini DM, Brandolt CR, Lima JV, Cezar PK. O registro em prontuário coletivo no trabalho do psicólogo na Estratégia Saúde da Família. Estudos de Psicologia. 2017; 22(2).

Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução n° 510, de 07 de abril de 2016 [Internet]. [citado em 2022 Jan 16]. Acesso em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf

Conselho Federal de Psicologia (BR). Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos serviços hospitalares do SUS [Internet]. 1. ed. [citado em 2022 Set 24]. Brasília: Conselho Federal de Psicologia; 2019. Acesso em: https://site.cfp.org.br/publicacao/referencias-tecnicas-para-atuacao-de-psicologasos-nos-servicos-hospitalares-do-sus/

Simonetti A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença. 8. ed. Artesã Editora; 2018.

Marcelo Tavares. A entrevista clínica. In: Psicodiagnóstico-V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed; 2003. p. 45-56.

Hutz CS, Bandeira DR, Trentini CM, Remor E. Avaliação psicológica nos contextos de saúde e hospitalar. 1. ed. Porto Alegre: Artmed; 2019.

Conselho Federal de Psicologia (BR). Cartilha sobre avaliação psicológica [Internet]. [citado 2022 set 24]. Brasília: Conselho Federal de Psicologia; 2007. Acesso em: https://site.cfp.org.br/publicacao/cartilha-avaliacao-psicologica/

Bleger J. Temas de psicologia: entrevista e grupos. WMF Martins Fontes; 2011.

Dallagnol C, Goldberg K, Borges VR. Entrevista psicológica: uma perspectiva do contexto hospitalar. Revista de Psicologia da IMED. 2010; 2(1):288-96.

Conselho Federal de Psicologia (BR). Resolução CFP n° 02/2001 [Internet]. Altera e regulamenta a Resolução CFP no 014/00 que institui o título profissional de especialista em psicologia e o respectivo registro nos Conselhos Regionais. [citado em 2021 Dez 01]. Acesso em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2006/01/resolucao2001_2.pdf

Conselho Federal de Psicologia (BR). Resolução CFP n° 3, de 05de fevereiro de 2016 [Internet]. Altera a Resolução CFP no 013/2007, que institui a consolidação das resoluções relativas ao título profissional de especialista em psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro. 2016. [citado em 2022 Mar 12]. Acesso em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2016/04/Resolu%C3%A7%C3%A3o-003-2016.pdf

Gorayeb R, Guerrelhas F. Sistematização da prática psicológica em ambientes médicos. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. 2003; 5(1).

Downloads

Publicado

2023-02-27

Como Citar

1.
Pereira de Souza L, Wagner D. Pontos comuns e estratégias para a escrita do psicólogo em prontuário único: relato de experiência . HU Rev [Internet]. 27º de fevereiro de 2023 [citado 24º de abril de 2024];48:1-7. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39060

Edição

Seção

Relato de Experiência

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)