Fatores para o status de ser doador de medula óssea em cidade médio porte

Autores

  • José Antonio Chehuen Neto Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0001-9640-0444
  • Carolina Martins Moreira Elias Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0002-7010-8514
  • Maura Furtado Barbosa Felipe Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0002-3955-6888
  • Matheus Cruz Ferraro Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0003-3649-3399
  • Renato Erothildes Ferreira Programa de Pós-Graduação em Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2021.v47.34072

Palavras-chave:

Medula óssea, Transplante de medula óssea, Doadores de Tecidos

Resumo

Introdução: Transplante de medula óssea é o tratamento primordial para algumas doenças que comprometem a medula óssea (MO). Atualmente, o número de cadastrados para doação de MO é crescente, mas ainda está aquém do ideal. Objetivo: Avaliar os principais motivos que levam à decisão de se cadastrar ou não para doação de MO com o intuito de aumentar a adesão ao cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Metodologia Material e Métodos: Pesquisa quantitativa e descritiva realizada na cidade de Juiz de Fora, com a aplicação de questionário, em uma amostra de 448 moradores, entre 18 e 55 anos, sem afecções que contraindicam a doação. O questionário foi elaborado pelos autores com base em uma revisão bibliográfica minuciosa. Foram avaliadas variáveis demográficas e barreiras para o cadastro para ser doador de MO. Resultados: Entre os entrevistados, a média de idade foi de 32,6 anos, sendo 50,2% do sexo feminino, 52,6% brancos, 51% com renda de 1 a 3 salários e 55% com ensino médio completo. Dentre eles, 89,7% declararam não serem cadastrados como doadores de MO. Concluiu-se que os mais velhos têm 3,39 mais chances de se cadastrarem, enquanto os não brancos têm 55,1% menos chances de se cadastrarem. Conclusões: O fator que contribui para a baixa adesão ao cadastro em nosso meio é, principalmente, a falta de informação. Ademais, a informação por meio da mídia e as campanhas de doação de MO pelos setores de saúde são alguns dos fatores que esclareceriam a população sobre o tema, influenciando, assim, o cadastro.

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Biografia do Autor

José Antonio Chehuen Neto, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1982),possui Mestrado em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp -1990) e Doutorado em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp -1994). Atualmente é Professor Associado 2 da Universidade Federal de Juiz de Fora em Técnica Cirúrgica e Metodologia Científica, médico da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, médico staff em Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Albert Sabin e do Hospital Monte Sinai. Pós-graduado Sensu Lato em Cirurgia Geral (Hospital Miguel Couto RJ ) e Cirurgia de Cabeça e Pescoço ( Hospital Heliópolis -SP). Como docente e profissional, atua principalmente nos seguintes temas: educação médica, cirurgia, gestão, estratégia educacionaAtua l e metodologia científica.

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Publicado

2022-01-04

Como Citar

1.
Chehuen Neto JA, Martins Moreira Elias C, Furtado Barbosa Felipe M, Cruz Ferraro M, Erothildes Ferreira R. Fatores para o status de ser doador de medula óssea em cidade médio porte. HU Rev [Internet]. 4º de janeiro de 2022 [citado 28º de março de 2024];47:1-11. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/34072

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